North America

Igrejas seguras, uma prioridade para o Sistema de Gestão de Risco

Com o 'Plano de Protecção da Criança ", os líderes locais podem melhor proteger as crianças

Silver Spring, Maryland, United States | Elizabeth Lechleitner/ANN

Um novo programa de proteção à criança da entidade de gestão de risco da Igreja Adventista do Sétimo Dia (conhecida pela sigla ARM) está galvanizando os esforços da Igreja para proteger os menores de abuso e má conduta.

Através da formação para adultos e crianças, bem como monitoramento para funcionários e voluntários que trabalham em estreito convívio com os menores, o Plano Adventista de Gestão de Risco na Proteção à Criança equipa líderes locais para tornar a igreja um lugar seguro, diz o vice-presidente da ARM, e oficial-chefe da entidade, Arthur Blinci.

"É parte de nossa missão ajudar a proteger os ministérios da Igreja Adventista do Sétimo Dia", diz Blinci, citando Ministérios das Crianças, Ministérios da Juventude, Desbravadores e Aventureiros, como um "componente central" dessa missão. "As comunidades confessionais têm uma responsabilidade moral, ética e legal de proteger as crianças contra danos quando estão sob os nossos cuidados", lembra ele.

A Igreja tem feito progressos significativos para alcançar esse objetivo. Na América do Norte, muitos funcionários e voluntários da Igreja são obrigados a prestar relatórios, Blinci diz. Isso significa que têm a obrigação legal de denunciar abusos ou alegações de abuso que ocorram dentro do ambiente da Igreja. Em 2003, a Divisão Norte-Americana da Igreja havia elaborado um protocolo para lidar com má conduta sexual e abuso infantil. No fim do ano passado, a Divisão aprovou uma nova praxe de proteção estabelecendo que em todos os níveis da administração da Igreja se implementasse um programa de treinamento e monitoramente de voluntários.

A Igreja Adventista a nível mundial também tem sido pró-ativa sobre redigir diretrizes e votar praxes para proteger os menores. Com efeito, na Assembleia da Associação Geral da Igreja em 2010, os delegados votaram adicionar ao Manual da Igreja linguagem específica orientando a nomeação de funcionários e voluntários da Igreja ou a seu serviço que trabalham em proximidade com menores. Concordaram que adultos que lideram Desbravadores e Escolas Bíblicas de Férias, Ministérios da Criança e programas da Escola Sabatina "devem preencher os padrões e requisitos da Igreja e legais, tais como verificação de antecedentes ou de certificação".

Blinci esclarece mais que as praxes, diretrizes e boas intenções vão até certo limite. A Gestão de Risco Adventista rotineiramente lida com algumas dezenas de casos de abuso de crianças por ano e gastou cerca de 30 milhões de dólares americanos em indenização ao longo das últimas duas décadas. Muitos Estados dos EUA têm estatutos de limitação abertos, permitindo que se levantem reivindicações e ajuizamentos mais antigas de abuso.

A Igreja precisa é de que ferramentas e recursos sejam colocadas nas mãos de administradores e líderes de igrejas locais , diz ele.

"Ouvimos por tantos anos dos membros da igreja, 'Como fazemos isso?'" Blinci declara.

Agora a ARM dá uma resposta. Através de uma parceria com outra instituição, Shield The Vulnerable, o novo Plano de Proteção à Criança da organização oferece treinamento online para adultos sobre como lidar com abuso, negligência, predadores, bullying, limites e respeito. Também fornece informação apropriada à idade para as crianças sobre como reconhecer e denunciar abusos.

O Presidente e Vice-Diretor da instituição de Gestão de Risco, da IASD, Arthur Blinci quer colocar ferramentas e recursos nas mãos dos líderes da igreja local. Uma parceria com Shield The Vulnerable equipa-os para melhor proteger as crianças, diz ele. [foto de cortesia da ARM]

O Presidente e Vice-Diretor da instituição de Gestão de Risco, da IASD, Arthur Blinci quer colocar ferramentas e recursos nas mãos dos líderes da igreja local. Uma parceria com Shield The Vulnerable equipa-os para melhor proteger as crianças, diz ele. [foto de cortesia da ARM]

Shileld The Vulnerable (tradução, Proteja o Vulnerável)--uma prestadora de serviços com sede na Califórnia, que frequentemente atua com organizações confessionais e sem fins lucrativos--também oferece monitoramento para funcionários e voluntários como uma linha de defesa "crítica", esclarece Blinci.

"Muitas vezes, especialmente no aspecto de atuação de voluntários, não há normalmente qualquer triagem. 'Você deseja ser voluntário para os Ministérios da Criança? Ótimo, venha, pode ser-nos útil'", diz ele. Agora, quando voluntários potenciais sabem antes mesmo de se oferecerem que irão ser submetido a uma verificação de antecedentes criminais, se têm certas propensões nessa linha não irão sequer oferecer-se como voluntários".

Ao criar o Plano de Protecção da Criança, a ARM descobriu que a Associação União dos Lagos já havia formado parceria com Shield The Vulnerable e conduziu o seu treinamento e programas de monitoramento nos Estados de Illinois, Indiana, Michigan, Wisconsin e uma porção de Minnesota, nos EUA.

Blinci espera que todas as 59 associações da Divisão Norte-Americana sigam o mesmo caminho nos próximos meses. Através da unidade Shield The Vulnerable, uma associação ou outra unidade administrativa cria uma conta que acompanhe o progresso ao treinarem voluntários e realizarem exames de antecedentes. "Isso abrange todo o âmbito, indo até o nível de igreja local e escola", diz ele.

Os kits de recursos da ARM para igrejas locais incluem apresentações em PowerPoint, um vídeo, uma amostra de praxe de proteção à criança e informações de referência.

Conquanto a praxe da Divisão Norte-Americana não obrigue o uso de Shield The Vulnerable, requer algum tipo de treinamento e seleção. "Há outras maneiras em que uma associação pode optar por realizar seu próprio treinamento e orientação, mas têm que fazer alguma coisa", acentua Blinci.

"Abuso de crianças não é só algo que ocorre na sociedade, mas também está se passando dentro de nossas igrejas", afirma Phyllis Washington, diretor de Ministérios da Criança para a Divisão Norte-Americana. "Ao reconhecer que o problema existe em nossas congregações, estamos dando um passo crucial para proporcionar um ambiente seguro, restaurar a confiança, promover a cura e, finalmente, impedir o abuso de crianças".

Embora o Shield The Vulnerable talvez não possa ser aplicado plenamente a toda a Igreja a nível mundial devido a diferenças nas leis de denúncia, alguns dos seus elementos são universalmente relevantes e podem ser adaptados para atender às necessidades locais, aduz Blinci.

"O objetivo é proteger as nossas crianças, que são os maiores recursos que temos. É de se esperar que agora não haja desculpas".

Clique aqui para baixar recursos de Proteção da Criança e referências do Plano de Gestão de Risco Adventista (ARM).

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