Silver Spring, Maryland, United States | Bettina Krause/ANN

Os organizadores do 7 º Congresso Mundial de Liberdade Religiosa, deste mês, dizem que estão focados em ajudar os advogados de liberdade religiosa a permanecerem à frente da curva, reconhecendo novas ameaças à liberdade religiosa e reagindo a isso de forma eficaz.

 

A conferência de três dias, previsto para começar em 24 de abril em Punta Cana, República Dominicana, deve atrair mais de 800 funcionários do governo, juristas e advogados de liberdade religiosa de 60 países para explorar o impacto do "secularismo radical" e outras forças que, segundo se acredita, corroem a proteção à liberdade religiosa ao redor do mundo.

O evento ocorre enquanto pesquisa mostra que as restrições globais em matéria de liberdade religiosa estão em ascensão. O Centro Pew de Pesquisa no ano passado informou que restrições à liberdade religiosa aumentaram para cerca de um terço da população mundial durante a última década. Os limites se deram sobretudo devido às restrições governamentais que se dão em poucos países, mas dos mais populosos.

O congresso dará enfoque ao tema "Secularismo e Liberdade Religiosa--Conflito ou Parceria?", que destaca uma área de crescente preocupação.

"Para muitas pessoas de fé, a palavra 'secularismo'  carrega uma série de conotações negativas", disse John Graz, secretário-geral da Associação Internacional de Liberdade Religiosa, que está patrocinando o evento. "Eles podem ver isso como uma força que é hostil à religião. Mas a liberdade religiosa tem historicamente florescido sob um governo secular que não faz o jogo de 'favoritos religiosos".

Outras questões a serem abordadas no Congresso incluem os efeitos políticos e religiosos das revoluções da Primavera Árabe, bem como os temores que prosseguem por todo o mundo do extremismo religioso e violência de motivação religiosa.

Segundo Graz, outra ameaça emergente para as minorias religiosas é o chamado "laicismo radical", que lança a religião como apenas mais um "grupo de interesse especial" na sociedade, e procura limitar a expressão religiosa em razão do "secularismo protetor". Ele cita a "proibição da burca" para as mulheres muçulmanas na França, em 2011, como um exemplo dessa tendência.

Entre os participantes do 7 º Congresso Mundial estão funcionários do governo e especialistas jurídicos dos Estados Unidos, Caribe e América do Sul e Central, Europa, Rússia e Oriente Médio, junto com acadêmicos e ativistas de direitos humanos de todo o mundo.

A Associação Internacional de Liberdade Religiosa foi fundada por líderes adventistas do sétimo dia em 1893 e é dedicada à defesa e promoção da liberdade de religião para pessoas de todas as fés. A AILR tem status de entidade consultiva não-governamental junto à Organização das Nações Unidas e conta com filiais e associados em 80 países, snedo a mais antiga associação do mundo para defender a liberdade religiosa.

Notícias diárias e vídeos do congresso estarão disponíveis no www.irla.org.

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