Estudo sobre adventistas nos EUA constata que vegetarianos vivem mais tempo

Principais agências de notícias comentam sobre um estudo da Universidade de Loma Linda, da IASD

Silver Spring, Maryland, United States | Ansel Oliver/ANN

Pessoas que consomem uma dieta vegetariana vivem mais do que os que comem carne, de acordo com um estudo de mais de 70.000 adventistas do sétimo dia.

Um estudo publicado ontem no ‘JAMA Internal Medicine’, uma publicação da Associação Médica Americana, informa que os vegetarianos experimentaram 12 por cento menos mortes ao longo de um período de pesquisa de seis anos.

O estudo, financiado pelo National Institutes of Health dos Estados Unidos, foi realizado por pesquisadores da Universidade Loma Linda, uma instituição adventista no sul da Califórnia. Os pesquisadores acompanharam 73.308 membros da Igreja Adventista, que seguem a recomendação dietética da Igreja para que se adote um regime alimentar baseado em vegetais em diferentes graus.

Dos participantes do estudo, os pesquisadores disseram que 5.548 eram veganos, 21.177 lacto-vegetarianos (que também consomem produtos lácteos e ovos) e 7.194 eram vegetarianos que também comiam peixe, com 4.031 que raramente comiam carne. O restante dos participantes do estudo comiam carne.

As conclusões da pesquisa confirmam os benefícios para a saúde de uma dieta vegetariana, disse o Dr. Michael Orlich, principal autor do estudo, à Bloomberg News

“As pessoas devem levar em conta esse tipo de resultados ao considerarem as suas escolhas alimentares”, Orlich disse ao informativo Bloomberg. “Vários tipos de regime vegetariano podem ser benéficos na redução do risco de morte, em comparação com dietas não vegetarianas”.

Orlich, diretor do programa de residência de medicina preventiva do Centro Médico da Universidade Loma Linda, disse que a pesquisa foi auxiliada por estudar gente com baixas taxas de uso de álcool e tabaco.

O ‘The Wall Street Journal’ assinalou hoje que o estudo mostra que o câncer ainda atinge consumidores de carne e vegetarianos a índices semelhantes. Além disso, uma refeição vegetariana não a torna automaticamente saudável. Os alimentos fritos contêm grandes quantidades de gordura e algumas carnes são mais saudáveis ​​do que outras.

Pesquisadores assinalaram que os benefícios para a saúde são ainda mais benéficos para os homens. Não ficou claro por que as mulheres eram menos afetadas por uma dieta vegetariana. Futuras pesquisas examinarão reações específicas de gênero quanto a certos alimentos.

A Dra. Kathleen Kuntaraf, diretora-associada de Ministérios de Saúde da Igreja Adventista a nível mundial, disse que um regime alimentar vegetariano é parte de se viver uma vida saudável com abordagem holística. “Mais e mais pessoas estão reconhecendo que os nossos princípios de 150 anos são verdadeiramente científicos”, disse ela.

Os adventistas do sétimo dia têm defendido por longo tempo um regime alimentar vegetariano. O fundador da Escola de Saúde Pública de Loma Linda superou a resistência na comunidade de saúde na década de 1940 para produzir um estudo de referência sobre os benefícios de uma dieta vegetariana, descobrindo que essa dieta realmente continha proteína suficiente, entre outros benefícios.

Em anos recentes, os adventistas têm sido apontados como um dos maiores grupos de pessoas vivas já estudados. Em 2008, Dan Buettner, autor do livro “Zonas Azuis”, escreveu extensivamente sobre os princípios de saúde dos adventistas e sua expectativa de vida mais longa e saudável.

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