West-Central Africa

Congresso africano de Liberdade Religiosa promove a convivência pacífica

Nos Camarões, 750 especialistas apoiam a liberdade de consciência

Yaoundé, Cameroon | ANN staff

O primeiro-ministro camaronês Philemon Yang disse que o congresso de liberdade religiosa realizado aqui na semana passada foi uma forma importante de promover a liberdade de culto e de paz na região.

Falando aos jornalistas no Complexo Desportivo Warda, de múltiplo uso, em 7 de agosto, Yang disse: "Este congresso é muito importante, pois vivemos num país onde a liberdade religiosa é respeitada. É um princípio incluído na Constituição. Estamos satisfeitos e felizes em receber em nosso país todas as pessoas que querem adorar a Deus à seu modo, sem discriminação".

Cerca de 750 juristas, advogados, acadêmicos e outros defensores da liberdade religiosa participaram do Terceiro Congresso Pan-Africano de Liberdade Religiosa de 7 a 10 de agosto. Cerca de 5.000 pessoas participaram sábado de um festival correspondente, que incluiu uma passeata pelas ruas da cidade para sensibilizar o Congresso e seu objetivo.

"É muito importante sublinhar o fato de que a liberdade religiosa é um direito humano fundamental e deve ser respeitada, mesmo que haja muitos desafios", disse John Graz, secretário-geral da Associação Internacional de Liberdade Religiosa, que foi um dos principais patrocinadores do evento. "Todo mundo tem o direito de ter uma religião ou não escolher uma religião, decidindo de acordo com a consciência", disse ele.

Graz também elogiou os organizadores do congresso. "Foi impressionante a forma como este encontro foi organizado, pelos prazos cumpridos e qualidade das palestras ministradas pelos palestrantes convidados”.

O primeiro-ministro camaronês, Philémon Yang, ao centro, chega ao Complexo Desportivo Warda, de múltiplo uso, em 7 de agosto

O primeiro-ministro camaronês, Philémon Yang, ao centro, chega ao Complexo Desportivo Warda, de múltiplo uso, em 7 de agosto

O xeique Oumarou Mallam Djibring, líder do Conselho de Imams de Camarões e dignitários muçulmanos declararam estarem satisfeitos com a iniciativa.

"Devemos banir todas as barreiras e divisões religiosas e sentar para conversar para viver em paz e harmonia aqui na terra e no céu", disse Djibring. "As igrejas, capelas e mesquitas devem ser lugares onde se ensinam a tolerância, o diálogo e, especialmente, o respeito pela dignidade humana. Nossos membros têm de aceitar as diferenças e cultivar a tolerância”.

Congressos de Liberdade Religiosa anteriores no território africano foram realizadas no Quênia e Gana. O tema deste ano foi: "A tolerância religiosa e a convivência pacífica para um desenvolvimento sustentável da África”.

Gilbert Wari, líder regional da AILR para a África Ocidental e Central, disse: "A tolerância religiosa é o que queremos promover na África e no mundo, porque a África tem de subir, crescer e responder ao compromisso de dar e receber.

Várias delegações do Quênia e da África do Sul não puderam comparecer devido a um incêndio no Aeroporto Internacional Jomo Kenyatta de Nairobi em 7 de agosto.

O próximo Congresso Pan-Africano sobre a liberdade religiosa será realizada em 2018.

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