Na celebração da liberdade religiosa, oficial da Casa Branca ressalta pontos em comum

Associação homenageia diretor de política de vigilância da liberdade religiosa internacional dos EUA

Washington, D.C. | Ansel Oliver

No dia em que a Comissão Sobre Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos da América divulgou seu 15º relatório anual, o seu diretor de política e pesquisa incentivou um grupo de defensores da liberdade religiosa a redobrar seus esforços. “Infelizmente o nosso relatório mostra-nos que as forças da intolerância estão em ação, sejam governos repressivos ou grupos extremistas”, disse Knox Thames ao descrever o relatório de acompanhamento da liberdade religiosa em todo o mundo.
 
Thames, que trabalhou ao longo de sua carreira para promover a liberdade de consciência e conhece amigos em outros países mortos por falar contra a intolerância religiosa, descreveu a repressão religiosa e violência como “lançando uma sombra” para criar escuridão. A resposta para combater a escuridão, segundo ele, é a “luz”, e invocou o símbolo de uma chama, como utilizado por muitos grupos religiosos.
 
“Com as condições do caminho a nível global, temos de redobrar os nossos esforços. . . . Eu sei que se todos nós carregarmos luzes individuais em locais escuros, a escuridão será lançada para trás”, disse ele.
 
Thames apresentou suas observações na noite de 30 de abril, depois de receber o Prêmio Internacional durante o 12º Jantar Anual de Liberdade Religiosa, em Washington D.C., realizado este ano no hotel Willard InterContinental.
 
O jantar anual tornou-se uma tradição na capital dos Estados Unidos da América—Thames num momento mais descontraído chamou de “a melhor festa de liberdade religiosa na cidade”— e destaca o caso das centenas de milhões de pessoas que são maltratadas por causa de sua fé, agora mais de 60 anos após a Declaração Universal dos Direitos Humanos, das Nações Unidas.
 
O encontro anual homenageia aqueles que trabalham para proteger e promover a liberdade religiosa e atrai membros da comunidade diplomática, do governo dos EUA, de líderes de várias religiões, e defende a liberdade religiosa. O jantar é patrocinado conjuntamente pela Associação Internacional de Liberdade Religiosa (IRLA), a Associação Norte-Americana de Liberdade Religiosa (NARLA), a revista ‘Liberty’ da Igreja Adventista do Sétimo dia.
 
Os participantes também ouviram a fala de Melissa Rogers, assistente especial do presidente e diretora-executiva do Escritório de Parcerias Baseadas em Fé e Vizinhança, da Casa Branca. Em seu discurso, Rogers, que é a principal assessora em questões de fé junto ao presidente Barak Obama e de sua administração, destacou a necessidade de se concentrar em pontos comuns ao se trabalhar pela liberdade religiosa nos EUA.
 
“Os americanos nem sempre concordam sobre as aplicações específicas desses princípios”, disse Rogers. “Na verdade, é quando temos áreas graves de desacordo que devemos redobrar esforços na tentativa de encontrar áreas de concordância. Porque quando não o fizermos, tendemos a começar a tratar uns aos outros como inimigos e não como oponentes sobre questões específicas, tendemos a perder oportunidades onde podemos trabalhar juntos para fazer o bem real pelos nossos semelhantes, e somos capazes de esquecer que o que nos une é muito maior do que aquilo que nos divide”.
 
Rogers disse que um exemplo de vários grupos encontrando um terreno comum foi em 2009, quando o presidente Barak Obama criou um conselho consultivo em parcerias baseadas na fé e vizinhança, que ela preside, para examinar como o governo trabalha com grupos religiosos para servir as pessoas necessitadas.
 
A força-tarefa, disse Rogers, era composta por advogados pela liberdade religiosa e a separação entre Igreja e Estado. Ela disse que o grupo ajudou a definir mais claramente os papéis das organizações religiosas que recebem financiamento governamental para obras de caridade—os beneficiários que recebem verbas federais não são obrigados a participar das atividades religiosas do provedor.
 
“Que possamos manter sempre este país como um lugar de incrível diversidade religiosa e notável cooperação religiosa e paz”, disse Rogers para terminar o seu discurso.
 
Quem recebeu o Prêmio Nacional deste ano  foi Eric W. Treene, conselheiro especial sobre discriminação religiosa na Divisão de Direitos Civis do Departamento de Justiça dos EUA.
 
Reconhecimento também foi dado ao pastor adventista Antônio Monteiro, preso por quase dois anos sob uma acusação falsa, um caso que ilustra numerosas pessoas no mundo que sofrem por motivos religiosos.
 
O secretário-geral da IRLA, John Graz, qualificou a liberdade religiosa um dom de Deus, mas um “dom frágil”.
 
“Nós podemos perdê-lo. A melhor maneira de perder a liberdade religiosa é não fazer nada para promovê-la e defendê-la. . . . E é por isso que temos feito o nosso melhor para promover a liberdade religiosa em todo o mundo desde que a nossa associação foi constituída em 1893”.
 
Entre os principais oradores para o jantar de Liberdade Religiosa em anos anteriores estiveram incluídos o ministro de  Relações Exteriores do Canadá, John Baird, os ex-secretários de Estado e senadores Hillary Clinton e John Kerry, o senador John McCain, e membros da Câmara dos Representantes dos EUA de ambos os principais partidos políticos.
 
Para mais informações, consulte irla.org.

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