Adventistas unem-se a outros em apoio ao Dia Mundial Sem Tabaco, em 31 de maio

Ênfase da Organização Mundial da Saúde de 2014 é elevar impostos sobre o fumo

Silver Spring, Maryland, United States | Ansel Oliver/ANN

A Igreja Adventista do Sétimo Dia é um dos muitos grupos que se juntam à Organização Mundial da Saúde para assinalar 31 de maio como Dia Mundial Sem Tabaco.
 
A Igreja Adventista está apoiando o tema deste ano, “Elevando impostos sobre o fumo”, uma recomendação central da declaração da Igreja de 1996 sobre o fumo.
 
Um comunicado da Organização Mundial de Saúde afirma: “Um aumento de impostos que eleve os preços do fumo em 10 por cento reduzirá o consumo do fumo em cerca de 4 por cento em países de alta renda e em até 8 por cento em países de renda baixa e média”. A declaração também declara: “O uso do fumo é a causa mais evitável de morte no mundo, sendo atualmente responsável por 10 por cento das mortes de adultos em todo o mundo”.
 
O Dr. Peter Landless, diretor de Ministérios de Saúde da Igreja Adventista a nível mundial , disse que o aumento dos impostos sobre o fumo é uma das formas mais eficazes em termos de custo para reduzir o uso do fumo, especialmente entre aqueles que são jovens ou pobres. “Embora respeitemos a liberdade de negócios no mercado, também devemos respeitar a liberdade para os cidadãos estabelecerem políticas que reduzam a causa mais evitável de morte”, disse ele.
 
Os adventistas—há muito conhecidos pela promoção de vida saudável—estiveram em registro contra o fumo mais de uma década antes de a denominação ter sido criada oficialmente em 1863.
 
Segundo regiões mais desenvolvidas endurecem suas restrições ao fumo, as empresas de fumo se concentram cada vez mais em países em desenvolvimento, onde enfrentam menos resistência. Os adventistas continuam com iniciativas antifumo através da rede mundial da denominação de igrejas, escolas e hospitais.
 
No Camboja, país do sudeste asiático, onde os índices de tabagismo são cerca de 40 por cento entre os homens, a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais tem implementado projetos antifumo desde 1995. Autoridades de saúde do governo outrora podiam ser vistos fumando durante as reuniões, o que levou a parceria com a ADRA e outras organizações não-governamentais para ajudar a reduzir a taxa de tabagismo para aquém de 70 por cento em meados de 1990.
“A ADRA está trabalhando atualmente em mais educação de conscientização por meio de seus programas de desenvolvimento de base rural e parceiros, onde as taxas de tabagismo não se reduziram de modo tão rápido como nos centros urbanos “, disse Mark Schwisow , diretor da ADRA Camboja.
 
Na Bulgária, país do Leste Europeu, dados revelam que 45 por cento das pessoas entre as idades de 25 e 64 anos fumam, disse a Dra. Gergana Geshanova, líder da Coalizão Búlgara Sem Fumo. A Igreja Adventista na Bulgária é um dos vários grupo que defende o restabelecimento de uma proibição ao fumo, que foi anulada pelo Parlamento em 2010, disse Geshanova.
 
Em Portugal, nação da Europa Ocidental, a Igreja Adventista tem realizado programas de cessação do fumar desde 1967, disse Daniel Bastos, diretor do departamento de Ministérios de Saúde da União Portuguesa de Igrejas Adventistas. Mais de 4.000 programas atingiram cerca de 60.000 fumantes no país, disse ele.
 
A Igreja Adventista trouxe primeiro ao mundo um programa de cessação do tabagismo em 1950, que mais tarde foi chamado de “Respire Livre”. Em julho, a Igreja vai lançar uma versão atualizada do programa para incluir novas pesquisas e métodos. O novo “Respire Livre” foi reformulado numa colaboração entre a Comissão Internacional para a Prevenção do Alcoolismo e Dependência de Drogas e Universidade Loma Linda da Igreja Adventista .
 
“Oramos para que isso sirva como um impulso para um renovado dinamismo nos esforços da Igreja em fazer diferença na vida de muitas pessoas que desejam quebrar o hábito”, disse Landless, diretor de Ministérios de Saúde. “Minha oração é que vamos responder a este chamado. A necessidade é clara e nosso dever definido”.

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