Conferência de filantropia é um “abrir de olhos” para participantes internacionais

Promoção de filantropia da Igreja Adventista pode obter maior vigor por todo o mundo

Baltimore, Maryland, United States | Ansel Oliver/ANN

A sede mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia patrocinou várias bolsas internacionais para uma conferência de filantropia num esforço para promover melhores práticas da atividade em instituições denominacionais.
 
A conferência, realizada a cada três anos, é patrocinada pela entidade Serviços Filantrópicos para Instituições (sigla PSI), uma agência de consultoria de angariação de fundos da Divisão Norte-Americana da Igreja Adventista do Sétimo dia.
 
A sede denominacional contribuiu com 15.000 dólares para uma dúzia de participantes internacionais participarem da Conferência de Filantropia PSI deste ano, que está sendo realizada de 24 a 27 de junho, em Baltimore, Maryland. Cerca de 350 angariadores de fundos e líderes de ONGs estão participando.
 
O patrocínio da sede destaca a crescente necessidade de captadores de recursos profissionais em mais igrejas, escolas e hospitais adventistas por todo o mundo. Dirigentes da PSI dizem que a agência nos últimos anos tem recebido um número crescente de pedidos de consultoria de fora do seu território.
 
“Estamos organizados para servir a América do Norte, mas respondemos a perguntas de todo o mundo. E isso está definitivamente crescendo”, disse a diretora da PSI, Lilya Wagner, à margem da conferência na quinta-feira.
 
Vários participantes descreveram sua primeira conferência desse tipo como um “abrir de olhos” para a educação sobre melhores práticas da profissão.
 
“Esta conferência é muito boa. Um abrir de olhos. Quando eu voltar para a África, gostaria de ver algo como isso começando lá”, disse Masamba Eliudie, diretor de administração financeira para a Universidade Rusangu na Zâmbia. “A filantropia introduzida no momento certo irá produzir grandes resultados.”
 
Eliudie disse que estava participando da conferência por causa da viagem de Wagner pelo sul da África no ano passado. Wagner apresentou um seminário em várias universidades, muitas das quais enviaram representantes para a conferência.
 
“Isso [a conferência] é um “abrir de olhos”. Faz você querer sair e pôr em execução”, disse Sophie Masuku, coordenador da pesquisa na Universidade de Solusi no Zimbábue.
 
Sua dica favorita ela aprendeu no seminário: certificar-se de informar os doadores de como os destinatários irão se beneficiar, não apenas focalizar na instituição.
 
Masuku disse esperar que mais instituições adventistas aumentem seus esforços filantrópicos profissionais. “Isso seria realmente benéfico para as instituições, porque vão saber como podem dedicar-se à captação de recursos. Por agora nós não estamos realmente fazendo isso. Isso realmente deve ser levado a sério, porque muitas instituições estão definhando”, acrescentou Masuku.
 
O compromisso de uma instituição para com a filantropia muitas vezes começa com os primeiros passos cruciais de contratar um especialista e educar o líder da organização sobre o seu papel em doações de caridade, disse Wagner, diretora da PSI.
 
“É igualmente importante educar os angariadores de fundos e líderes de entidades sem fins lucrativos, porque isso tem que ser uma parceria”, disse Wagner. “É profundamente desafiador quando qualquer uma dessas partes não tem a educação e informação de que necessita para levar o programa de filantropia da organização a florescer.”
 
A Diretora-Associada da PSI, Kristin Priest, disse que a agência oferece recursos para instituições adventistas sem nenhum custo e promove a acreditação profissional da indústria: Certificado de Executivo de Levantamento de Fundos.
 
Priest disse que a Igreja Adventista pode fazer mais para promover a filantropia, inclusive apresentando-a com mais frequência para estudantes universitários como uma opção de carreira.
 
“Os levantadores de fundos são muitas vezes vistos como mendigos profissionais, o que, infelizmente, distorce profundamente o que se refere à profissão”, comentou Priest. Filantropia, segundo ela, tem que ver com relacionamentos e convidar doadores a fazerem parte da missão de uma instituição. Às vezes, isso pode beneficiar o doador de forma significativa.
 
Para Lois E. Peters, a filantropia ajudou-a a perceber que era capaz de maiores realizações em sua própria vida e carreira. Como presidente da Equipe de Enfermagem Pediátrica Doméstica, Peters entrou no campo das doações de caridade após um levantador de fundos de certa instituição adventista visitá-la e fazer um giro por seu negócio crescente de lares de idosos. O filantropista pediu uma doação maior do que o montante de que ela dispunha, o que a motivou a aumentar o tamanho do seu negócio.
 
“Precisamos [de filantropistas] para nos ensinar a saber o que somos capazes de dar”, disse Peters durante o discurso no almoço de premiação da conferência. “A riqueza de Deus é maior do que você pode imaginar. Todos vocês filantropistas saiam hoje e abençoem alguém”.

-- Para mais informações sobre a filantropia adventista, visite o site do PSI em philanthropicservice.com.

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