Trans-Europe

Igreja Adventista promove seu primeiro festival de liberdade religiosa na Grã-Bretanha

2000 assistem ao festival de ‘Liberdade de Culto’

West Bromwich, England | Victor Hulbert, John Surridge, Dan Serb and ANN staff

A Igreja Adventista do Sétimo Dia na Grã-Bretanha realizou o seu primeiro festival de liberdade religiosa, em que os líderes da Igreja ofereceram um panorama da evolução da liberdade religiosa, e pediram aos membros da Igreja para continuarem a defender direitos das pessoas de todas as religiões e crenças.
 
Mais de 2.000 pessoas participaram do festival “Liberdade de Culto” no sábado, 16 de agosto, o segundo de um evento de dois dias no Centro de Convenções Bethel em West Bromwich.
 
O orador principal, Barry Black, capelão do Senado dos EUA, enfatizou que o culto religioso deve levar à ação. “Adoração é o que acontece durante o culto na igreja, enquanto devia ser visto como começando quando o culto termina”, disse Black.
 
Black citou Mateus 25 e Lucas 4: 18-19, dizendo que cabe a cada adorador a liberdade de alimentar os famintos, vestir os nus e ministrar aos marginalizados”. Black prosseguiu acentuando que “a verdadeira adoração também nos concede a liberdade de estarmos prontos para expressar publicamente a preocupação e oferecer soluções para os problemas sociais que ameaçam a dignidade humana”.
 
No dia de abertura, Ian Sweeney, presidente da União Britânica da Igreja Adventista, deu boas vindas aos convidados, incluindo os membros do Parlamento, John Speller e David Jamison, a Conselheira Yvonne Mosquito, e representantes de outras confissões religiosas. O prefeito de Sandwell, Derek Rowley, também participou do festival.
 
O evento foi uma mistura de música, adoração, oração e aprendizado.
 
John Graz, diretor de Relações Públicas e Liberdade Religiosa da Igreja Adventista do Sétimo Dia a nível mundial, apresentou um relatório sobre a situação da liberdade religiosa no mundo, sublinhando os novos desafios e os recentes acontecimentos no Iraque. Ele enfatizou que os adventistas deviam defender a liberdade de consciência para as pessoas de todas as religiões, assim como às pessoas sem fé.
 
“Se não promovermos e protegermos a liberdade religiosa, iremos perdê-la”, Graz disse à plateia. “O lugar mais difícil para promovê-la é nos países onde a temos. Mas as pessoas devem se lembrar que muitos sacrifícios foram feitos para chegar até onde estamos hoje”.
 
Ganoune Diop, que serve como elo de ligação da Igreja Adventista junto às Nações Unidas, disse que o valor mais importante em todas as sociedades é a dignidade humana. “Ela é o fundamento dos direitos humanos .... A dignidade humana é a base de todos os outros valores na sociedade, quer seja liberdade, justiça ou paz”. Diop disse que a visão adventista da criação é fundamental. “O fato de que somos feitos à imagem de Deus é o fundamento da própria dignidade humana”, disse ele. “Só podemos entender o que são as pessoas à luz de quem é Deus”.
 
Dwayne Leslie, diretor de Assuntos Legislativos para a Igreja Adventista a nível mundial, disse que o estabelecimento de relações com os principais influenciadores é fundamental para promover a liberdade religiosa. “Temos de ter relacionamentos para influenciar as pessoas”, disse ele. “Precisamos ir até nossos líderes políticos antes de estarmos em apuros”.
 
Delbert Baker, vice-presidente da Igreja Adventista a nível mundial contou a história do Pastor Antonio Monteiro, que foi preso sob falsas acusações por quase dois anos em Lomé, Togo, antes de ser posto em liberdade em janeiro. Embora Monteiro fosse libertado, Baker observou que havia outros casos ainda pendentes com muito trabalho a ser feito.
 
Graz, Diop, Leslie e Baker também participaram de um painel de discussão liderado por Audrey Andersson, secretário-executivo da Divisão Trans-Europeia da Igreja Adventista.
 
O dia terminou com um compromisso corporativo e desejo dos participantes de “Agradecer a Deus pela liberdade religiosa, agradecer ao Reino Unido pela a liberdade religiosa”, e trabalhar para manter essas liberdades, tanto localmente e onde os membros tenham alguma esfera de influência.

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