Concílio Anual abre com enfoque sobre vida saudável, apelo por diplomacia

Professor de Harvard, Williams, e diretor de saúde, Landless, argumentam quanto a mensagem de saúde e exemplo pessoal

Silver Spring, Maryland, United States | Ansel Oliver/ANN

O Concílio Anual da Igreja Adventista do Sétimo Dia de 2014 abriu com um apelo para diplomacia respeitosa nos debates a se seguir, bem como um apelo importante para a Igreja dar enfoque à saúde. Os líderes foram instados tanto a estabelecer ministérios de saúde para a comunidade como  a definir o seu próprio exemplo de vida saudável.

O vice-presidente Geoffrey Mbwana e o Secretário GT Ng abriram a reunião de seis dias da Comissão Executiva na sede mundial da Igreja em Silver Spring, Maryland, EUA, antes de o presidente da Igreja, Ted N. C. Wilson, saudar as centenas de delegados presentes. 

Wilson desejou aos líderes da Igreja a bênção de Deus ao longo da próxima semana de sessões administrativas e reuniões espirituais. “Estamos orando fervorosamente para que esta sala seja preenchida com um doce espírito”, disse antes de ler uma declaração de líderes de cúpula. A declaração foi um forte indício sobre o próximo conjunto de discussões previsto para terça-feira, 14 de outubro, sobre a teologia da ordenação e como se relaciona com gênero.

“Nós, oficiais da Associação Geral e presidentes de Divisão, apelamos a todos os participantes do Concílio Anual a aceitarem uns aos outros como irmãos e irmãs em Cristo, independentemente de algumas diferenças de opinião que possam ser evidentes em determinados assuntos”, disse Wilson, lendo o comunicado. “Pedimos semelhança a Cristo e respeito humilde para com o outro em nossas palavras e atividades durante este Concílio Anual e além dele”.

Deste ponto em diante, a noite avançou com três apresentações de destacados especialistas em saúde, cada um dos quais implorou aos delegados que dessem prioridade a ministério relacionado com saúde em suas próprias regiões do mundo e fizessem do viver saudável uma prioridade pessoal.

David Williams, professor de saúde pública da Universidade de Harvard e um diretor-associado honorário dos Ministérios de Saúde da Igreja Adventista, proferiu uma palestra sobre a necessidade de abordar as questões subjacentes relativas a saúde, incluindo renda e desigualdades raciais, estresse e depressão.  

O exemplo máximo da evangelização com ênfase em saúde, disse ele, foi um centro missionário em Chicago fundado em 1893 por John Harvey Kellogg. A missão oferecia refeições e abrigo aos sem-teto, uma clínica, um centro de resgate para prostitutas, uma casa de maternidade para mães solteiras e uma academia de reabilitação de viciados em droga. Kellogg estabeleceu o centro depois de ler o livro “A Ciência do Bom Viver”, da co-fundadora da Igreja Adventista, Ellen G. White, disse Williams.

“O livro ‘A Ciência do Bom Viver’ é nosso livro-texto em ministério abrangente [de saúde], e precisamos voltar ao conselho maravilhoso que nos foi dado, que pode nos ajudar a lidar com os desafios que enfrentamos”, disse Williams. 

Fred Hardinge, diretor-associado de Ministérios de Saúde da Igreja, ofereceu uma visão geral sobre os estudos financiados com recursos públicos, examinando os adventistas por a sua longevidade. Ele declarou que os adventistas tendem a viver de oito a 10 anos mais do que a população em geral. Evitar o uso de carne, especialmente a carne vermelha, foi um fator chave, disse ele.

O diretor de Ministérios de Saúde, Dr. Peter Landless, concordou dizendo que um regime alimentar baseado em vegetais é o preferido onde seja disponível. Sua mensagem geral enfatizou a vida equilibrada. 

“O mundo da ciência está nos gritando a mensagem através das mais modernas publicações científicas, com base em evidências [testes] de que os alimentos cárneos não são bons para nós”, afirmou Landless aos delegados. “Desejo e oro para que mudemos para um regime alimentar baseado em vegetais, com uma abordagem equilibrada, semelhante à de Cristo, não colocando-nos em vários graus da santificação por causa do tipo de comida que consumimos, mas adotando o que é o melhor a fazer no ambiente em que nos encontramos”.

Landless também pediu aos líderes, que muitas vezes passaram por longos voos e ficam sentados através de longas reuniões, para darem o exemplo de vida saudável. “Como está se sentindo? São os seus relacionamentos saudáveis e em crescimento?”, perguntou.

A reunião chegou ao fim com o presidente da Associação União Britânica, Ian Sweeney. oferecendo seu testemunho sobre mudanças de estilo de vida recentes, que o levou a um peso corporal saudável. Nos últimos dois anos, Sweeney disse que perdeu em torno de 30 kg, e recebeu cumprimentos entusiásticos por seu físico mais magro, ao dirigir-se a uma grande multidão de membros da Igreja durante recente visita do Presidente Wilson. 

Ele decidira consumir alimentos mais saudáveis e se exercitar mais após dar um livro sobre saúde a um vizinho e perceber a ironia, no que dizia respeito a sua própria condição. “Eu não tinha pregado um sermão sobre saúde e temperança por 15 a 17 anos, porque teria sido apenas hipocrisia”, disse Sweeney. “O Espírito impressionou-me a desejar refletir na minha própria vida o que desejava pregar”. 

Mark Finley, assistente do presidente Wilson, encerrou a reunião dizendo que “se a motivação para mudança de estilo de vida é outra coisa senão honrar a Deus com o corpo que Ele me deu, então a motivação é muito superficial. . . . Gostaria de sugerir-lhes que o poder para a mudança de estilo de vida vem de Jesus, e que, devemos ir a Ele e dizer: ‘Senhor, meu corpo é Teu. Quero honrá-lo em todos os aspectos da minha vida’”. 

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