No Egito, proposta de lei pode classificar os adventistas como não-cristãos

Dirigentes adventistas devem abordar assunto com autoridades do governo no domingo

Silver Spring, Maryland, United States | Ansel Oliver/ANN

Oficiais da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Egito estão expressando preocupação sobre um projeto de proposta de Lei de Condição Pessoal da nação que classificaria a Igreja Adventista como uma denominação não-cristã.

As autoridades locais da Igreja Adventista disseram que a nova classificação teria um impacto negativo sobre o trabalho e a imagem da Igreja entre outros cristãos no Egito. 

Johnny N. Salib, secretário-assistente da denominação no Campo Egito-Sudão, disse que o esboço atual do artigo 112 do novo direito civil proposto para as minorias não-muçulmanas colocaria a Igreja Adventista em categoria diferente das denominações religiosas. 

Salib disse que o atual projeto de lei foi submetido ao governo egípcio mais de três décadas atrás, mas não foi aprovado. Ao longo dos anos, os adventistas têm feito várias tentativas para se reunir com líderes de outros grupos cristãos no Egito para explicar a identidade protestante da denominação. Ainda assim, não foram tomadas medidas para eliminar os adventistas da lista de igrejas não-cristãs.

Agora, ao estar o Egito rumando para a formulação de uma Constituição mais democrática, a lei proposta pela minoria cristã está sob séria discussão. “Estou triste com o fato de que algumas igrejas nos consideram uma denominação não-cristã, enquanto o governo nos reconhece como cristãos e nos concede plena liberdade para adorar”, disse Salib.

No domingo, uma delegação do Campo Egito-Sudão, da denominação, vai se reunir com o Ministério da Transmissão de Justiça para discutir o assunto. Oficiais da Igreja já enviaram uma carta a agências de notícias que indicam como a Igreja Adventista tem existido no Egito por mais de 100 anos e foi oficialmente registrada no início de 1950, disse Salib. 

Salib disse que os líderes adventistas tentarão defender a identidade da denominação sem criar qualquer animosidade com outras denominações cristãs no Egito. Com agências de notícias relatando o assunto, os líderes se concentrarão em como usar melhor a situação com atenção voltada para a Igreja, explicou. 

“Esta pode ser uma oportunidade para muitos egípcios saberem a verdade sobre a Igreja Adventista e aprender mais sobre a nossa contribuição espiritual, bem como as contribuições sociais no Egito por muitos anos”, disse Salib. “Creio que as orações dos dedicados adventistas  no Egito e por todo o mundo podem transformar a situação num testemunho abençoado para a nossa Igreja”.

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