Cerca de três dezenas de Desbravadores escaparam de um acidente de ônibus, na maior parte com arranhões e contusões graças à intervenção milagrosa de Deus após o veículo em que viajavam perder os freios numa estrada montanhosa a caminho de um campori no México, narrou o seu diretor.
Sérgio Cruz Robles, diretor de um dos Clube de Desbravadores, descreveu um trajeto horrível montanha abaixo pelas 5:30 da manhã em 13 de novembro quando os Desbravadores do estado de Michoacan, no centro do México, viajavam rumo ao campori de cerca de 3.300 Desbravadores num percurso total de 530 km.
Cruz disse que percebeu que o motorista do ônibus estava lutando para fazer as curvas na estrada montanhosa por toda a noite, assim decidiu se aproximar da frente do ônibus para ver o que estava errado.
“Pude perceber que o motorista do ônibus estava se esforçando por encontrar uma maneira de parar”, disse Cruz por telefone de sua cama de hospital, onde estava se recuperando de uma fratura da pelve. “Nós iríamos parar numa grande vala ou bater numa árvore, e que poderia ter sido fatal”.
O ônibus levava 38 pessoas, incluindo o motorista contratado. Tinha rodado cerca de 450 km da viagem quando os freios falharam.
“A ficar o ônibus fora de controle, eu temia o pior e ouvi o motorista gritar: 'Segurem-se todos! ”, lembrou Cruz.
A maioria das pessoas estava dormindo no momento.
“Mas vi a mão de Deus, porque o ônibus virou como se fosse apenas deitar suavemente sobre um lado, sem qualquer impacto forte”, disse Cruz. “As crianças só receberam arranhões e inchaços no acidente”.
Automóveis que passavam pediram ajuda.
Todas as 38 pessoas no ônibus receberam os primeiros socorros no local e três foram transferidas para hospitais em Cuernavaca, disse Mauricio Lambra, diretor de resposta de emergência médica no México.
Os três incluíam Cruz e dois Desbravadores, com idades entre 13 e 11 anos, que sofreram ferimentos leves no pescoço e na cabeça. O motorista não ficou ferido.
Uma agência governamental de bem-estar infantil assumiu a custódia das crianças e mais tarde as liberou diretamente a seus pais, de acordo com as leis nacionais de proteção à criança.
Administradores da igreja local foram até o local do acidente para recuperar as malas e as entregar aos pais. Pelo fato de que os pais teriam que viajar mais de seis horas para ir buscar os filhos e, em seguida, lidar com a burocracia do governo para assegurar a sua libertação, os desbravadores não seguiram para o campori, que foi realizado em 13 a 16 de novembro, no Acampamento Adventista em Xalostoc, Morelos, disse Cruz.
Os desbravadores, que representavam três clubes diferentes, tinham se preparado por cinco meses para participar do campori da União Central Mexicana, evento realizado a cada cinco anos. Eles ficaram desapontados por terem conseguido chegar a até uns 90 minutos do destino, mas “ somos tão gratos pela proteção de Deus”, comentou Cruz.
Ele disse que os Desbravadores tinha planejado participar de uma cerimônia de investidura no campori para marcar a conclusão do seu ano de atividades como Desbravadores.
“Agora vamos trabalhar na preparação de algo muito bom para dar-lhes”, disse ele, acrescentando: “Graças a Deus pelo milagre que Ele nos concedeu, assim cada criança pode receber um pino de investidura”.