North America

Mulher Adventista ferida em tiroteio da Califórnia fala da volta de Jesus

Amanda Gaspard estava trabalhando na instituição quando occoria o massacre

Andrew McChesney, news editor, Adventist Review

Uma crente adventista do sétimo dia que milagrosamente escapou de um tiroteio em massa no sul da Califórnia com apenas ferimentos na cabeça, braço e ferimentos nas pernas sem risco de vida, diz que espera que a tragédia leve as pessoas a entender de alguma forma que Jesus está vindo em breve. 

Amanda Gaspard estava supervisionando um almoço para a conferência e o feriado organizado pelo Departamento de Saúde do Condado de San Bernardino num centro de serviços sociais em San Bernardino, Califórnia, quando os dois militantes começaram o tiroteio na quarta-feira, matando pelo menos 14 pessoas e ferindo 21. 

“Ela estava no comando da reunião naquele dia. Pela misericórdia de Deus, tinha acabado de conceder a todos uma pequena pausa fora, com o que poderia ter havido mais pessoas na sala”, sua mãe Diana Gaspard, disse à “Revista Adventista” na quinta-feira.

O tiroteio em massa foi o mais mortífero nos Estados Unidos desde que 26 crianças e professores foram mortos numa escola primária em Connecticut em 2012, enviando ondas de choque por todo o país. A polícia identificou os atacantes suspeitos como marido e mulher em seu 20 e pouco anos de idade, mas ainda têm que definir um motivo. Os suspeitos foram mortos a tiros pela polícia numa van a vários quilômetros do local do ataque. 

Diane Gaspard disse que o atacante de sexo masculino poderia ter matado sua filha, que se formou em 2002 no colégio Blue Mountain, da Igreja Adventista, localizado perto de Reading, Pennsylvania, mas por alguma razão apontou sua arma para sua perna.

“A fé de Amanda é muito firme. Ela constantemente testemunha”, disse Diane Gaspard. “Acreditamos que por causa de sua bondade amorosa o atirador não a matou. Ele estava sobre ela e atirou nela. Poderia facilmente ter visado sua cabeça, mas em vez disso atirou na perna”. 

Gaspard, que veio de avião desde a costa leste dos Estados Unidos para a Califórnia para ficar com a filha na quinta-feira, disse que Amanda entrou rapidamente em contato com ela para deixá-la saber que estava viva. Amanda foi atingida várias vezes com estilhaços em vários locais, incluindo a cabeça.

“Ela estava tão preocupada conosco que pediu a um colega para chamar-nos”, disse ela. “A pobre mulher estava em estado de choque, mas conseguiu nos dizer que Amanda tinha sido baleada. Mais tarde, ela me disse que Amanda segurou a mão dela e orou com ela”.

Amanda submeteu-se a cirurgia por ferimentos em sua veia safena, uma grande veia superficial da perna e da coxa, de fato a veia mais longa no corpo humano. 

Sua mãe disse que Amanda estava estável na quinta-feira e mais preocupada com seus colegas de trabalho do que consigo mesma. “Quando falamos com ela, ela disse: ‘Mamãe, oro para que este incidente seja usado para testemunhar para o Senhor de que Ele está vindo em breve’”, contou ela. 

Daniel R. Jackson, presidente da Divisão Norte-Americana da Igreja Adventista, disse que os membros da Igreja em todo o continente estavam “de coração partido e que devemos mais uma vez lamentar a perda de vidas inocentes, como resultado de violência armada”.

“Juntamente com as nossas orações sinceras, é hora de que algo seja feito para enfrentar a pandemia da violência armada”, expressou ele num comunicado. “É tempo de dizermos Não a esses massacres trágicos que se tornaram lugar comum nos Estados Unidos. É tempo fazermos algo para encontrar soluções para pôr fim a este problema generalizado”. E acrescentou: “Oramos pelo dia em que crianças e adultos possam levar suas vidas sem temor”.

Como Amanda Gaspard, Ted N. C. Wilson, presidente mundial da Igreja Adventista, viu um prenúncio do retorno de Jesus na tragédia. “Oramos por aqueles afetados por esta tragédia no sul da Califórnia e imploramos que o Espírito Santo use a cada um de nós onde quer que estejamos neste mundo conturbado para ser parte do ministério de reconciliação de Deus (2 Coríntios 5:18), apontando às pessoas o Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, nosso Salvador, que veio no primeiro advento conceder-nos a vida eterna e voltará em breve na Sua segunda vinda para concluir essa tarefa”, disse Wilson em sua página no Facebook. 

Ele acrescentou que havia orado por Amanda Gaspard e todos os outros afetados pelo tiroteio, incluindo o Centro Médico Adventista da Universidade Loma Linda, que atendeu a cinco das 17 pessoas feridas no ataque.

Briana Pastorino, uma oficial de informação pública da empresa-mãe do centro médico, confirmou aos jornalistas que cinco pessoas foram hospitalizadas, mas não forneceu mais detalhes. “Estamos todos abalados por isso, todos nós estamos incomodados pela ocorrência”, ela disse na quarta-feira. “Estamos tratando dessas pessoas que não precisariam de se machucar hoje”. 

Dois dos cinco pacientes internados no hospital, que possui um centro de trauma que treina para este tipo de crise de vítimas em massa, ficaram gravemente feridos, segundo noticiário da rede de TV CBS.

Enquanto as tensões atingiam alto nível na quarta-feira, uma ameaça de bomba foi feita contra o Centro Médico da Universidade Loma Linda, colocando a instalação num alerta de código-amarelo. “O alerta foi levantado cerca de uma hora mais tarde, quando especialistas determinaram que a ameaça não tinha credibilidade após uma triagem cuidadosa do interior e exterior da instalação”, disse Pastorino num comunicado enviado por email quinta-feira.

Como parte de um esforço para garantir a segurança de todos os estudantes e membros do corpo docente da Universidade Loma Linda as aulas de quarta-feira foram canceladas no meio da tarde e os alunos incentivados a deixar as áreas públicas do campus. 

Na quinta-feira, todo o campus estava de volta ao funcionamento normal. “Todas as aulas de quinta-feira na universidade  serão oferecidas sem alterações no cronograma”, disse Pastorino. “As operações do centro médico retornaram ao normal. O departamento de emergência está recebendo novos pacientes, e não há áreas das instalações operando sob quaisquer restrições”.

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