Líder adventista apela por calma no Quênia

Disputa sobre eleição nacional e violência étnica afeta instituições denominacionais; multidão cerca Universidade Adventista do Quênia

Nairobi, Kenya | Ansel Oliver/ANN

Os adventistas do sétimo dia estão se unindo à comunidade internacional em expressar preocupação quanto à violência no Quênia que já, segundo notícias, causou a morte de 300 pessoas e deixou 100.000 desabrigadas, em conseqüência de disputas quanto à recente eleição presidencial no país.


Numa declaração datada de 3 de janeiro, o Secretário-Executivo da Igreja Adventista a nível mundial, Matthew A. Bediako, apelou aos “líderes políticos, dirigentes de comunidades religiosas e às pessoas amantes da paz a se unirem para encontrar caminhos e promover a reconciliação”. O apelo será televisionado no canal de TV denominacional, Hope.


“Recorrer à violência somente cria vítimas, muitas das quais são crianças inocentes”, disse Bediako. “Como uma Igreja cristã, também instamos todos os quenianos a darem valor à solidariedade e princípios bíblicos de pacificação, perdão e reconciliação acima de lealdades étnicas”


Bediako também apelou aos líderes e membros adventistas a serem exemplos na promoção da unidade.


Dirigentes denominacionais no Quênia relataram que cerca de 200 estudantes, professores e funcionários da Universidade da África Oriental, que pertence à denominação, em Baraton, estão se refugiando em delegacias de polícia locais após terem sido escoltados até lá em 31 de dezembro logo que o campus foi cercado por uma multidão.


Estradas que conduzem ao aeroporto foram bloqueadas por multidões e o pessoal da instituição prossegue na delegacia de polícia, disse Geoffrey Mbwana, presidente da Divisão da África Centro-Oriental da IASD. Preparativos estão sendo implementados para transportá-los para Nairobi.


Um oficial queniano declarou que a violência apenas afetou 3 por cento da população nacional de 34 milhões de pessoas, segundo o jornal “USA Today”.


“Como uma comunidade de fé nós cremos firmemente em oração”, disse Bediako a membros da Igreja. “Portanto, convidamos nossos irmãos e irmãs por todo o mundo a apresentarem perante o trono de Deus o povo do Quênia, e outras regiões onde há crises. Oremos para que calma seja restaurada por todo Quênia e por todo o mundo”.


Há mais de 560.000 adventistas que adoram a Deus em cerca de 3.500 congregações no Quênia.

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