Os adventistas do sétimo dia em Ruanda estão comprometidos a fortalecer a sociedade e trazer unidade e reconciliação para aquela nação do Leste Africano, disse o presidente mundial da Igreja Adventista, Ted N. C. Wilson, durante uma visita oficial na semana passada.
Wilson, atualmente em visita à região, falou durante o culto de adoração no sábado, 3 de março, no Estádio Nacional Amahoro, de Kigali, Ruanda.
Wilson elogiou o espírito de camaradagem que observou. A nação continua a se curar após o genocídio que custou a vida de cerca de 800.000 pessoas em 1994. A região tem experimentado guerra intermitente ao longo de décadas entre os grupos étnicos hutus e tutsis.
"Deus está abençoando a Ruanda", disse Wilson, acrescentando ser grato pelo "grande respeito" que os ruandeses têm pela "Igreja de Deus".
Vários funcionários do governo, incluindo o primeiro-ministro do país e o prefeito de Kigali, estavam presentes durante os cultos, que atraíram um público de mais de 30.000 pessoas.
Wilson lembrou aos representantes do governo que a Igreja Adventista está empenhada em apoiar a sociedade ruandesa através de programas de educação, saúde e orientação espiritual. O líder da Igreja também aproveitou a oportunidade para agradecer os funcionários nacionais por protegerem a liberdade religiosa no país.
"Que seja sempre dito que o país de Ruanda propicia liberdade religiosa para todos o seu povo", disse Wilson, citando a política do governo de permitir que os adventistas do sétimo dia completem o seu serviço à comunidade nacional aos domingos ao invés de aos sábados.
"Nós somos muito gratos por essa provisão especial", disse Wilson, acrescentando que os adventistas "respeitam, promovem e estimulam a liberdade religiosa para todas as pessoas".
No início da semana, o primeiro-ministro Pierre Habumuremyi uniu-se a Wilson no lançamento da pedra fundamental para a expansão da Universidade Adventista da África Central. A nova Escola de Ciência e Tecnologia, em Kigali, vai "ajudar a promover a obra de Deus", disse Wilson, acrescentando que o campus de extensão apoiará muitos ruandeses na comunidade, não apenas os adventistas.
"O governo de Ruanda aprecia todos os programas da Igreja Adventista no país, especialmente os do setor de educação, saúde, [e] o de preparar os corações das pessoas para serem bons cidadãos", disse Habumuremyi, segundo o periódico 'The New Times'.
A Igreja opera A Voz da Esperança em Ruanda, uma estação de rádio que cobre 75 por cento do país. O rádio ainda é uma fonte primária de notícias em Ruanda--o país mais densamente povoado da África--onde poucas pessoas têm acesso à televisão ou Internet.
Em seu discurso no estádio, a mensagem de Wilson centrou-se em compartilhar a Jesus.
"É por vezes mais fácil participar das atividades religiosas da Igreja do que falar de Jesus? Com certeza, essas atividades dão testemunho de Jesus. Mas você está disposto pessoalmente a conversar com alguém e dizer-lhe sobre o seu relacionamento precioso com Jesus?" Wilson perguntou.
"Quero encorajar todos os adventistas do sétimo dia em Ruanda a soerguerem a Jesus em Ruanda", disse ele.
Parte desse testemunho envolve compartilhar o fundamento da Igreja nas Escrituras e no Espírito de Profecia, Wilson acrescentou, referindo-se à Bíblia e aos escritos da co-fundadora da Igreja, Ellen G. White.
"Permita que as pessoas saibam que você crê na Santa Palavra de Deus", disse ele. Wilson também incentivou os adventistas na África Centro-Oriental a participarem na iniciativa mundial da Igreja de distribuição do livro de White 'O Conflito dos Séculos'.
A Igreja na África Centro-Oriental comprometeu-se a distribuir 15 milhões de exemplares do livro, que traça a direção de Deus ao longo da história e fornece respostas espirituais para o mundo agitado de hoje.
Como sempre faz durante visitas oficiais, Wilson também lembrou aos membros da Igreja em Ruanda a abraçarem sua identidade como adventistas do sétimo dia. "Quando as pessoas lhe perguntarem de que religião você é, não hesite ou seja ambíguo. Não basta dizer: 'Bem, eu sou adventista'. "Diga: 'Eu sou um adventista do sétimo dia'", recomendou Wilson.
Os adventistas pregam um sermão "cada vez que dizem isso", disse ele, explicando que o nome "adventista do sétimo dia" incorpora as crenças distintivas da Igreja--a observância do sábado do sétimo dia e a esperança no breve retorno de Cristo.
Wilson também instou os pastores e leigos em Ruanda a "trabalharem juntos de uma forma dinâmica" para compartilhar a mensagem da Igreja de reavivamento e reforma espirituais.