Faltam 12 bilhões de dólares à Igreja Adventista?

O que a denominação pode ter com precisão rolo dízimo, fidelidade, porque Togo, Bolívia saltou

Silver Spring, Maryland, United States | Ansel Oliver/ANN

Quanto dinheiro a Igreja Adventista do Sétimo Dia teria para missões a cada ano, se os registros de membros fossem precisos e cada membro retornasse um dízimo fiel?

Em torno de 14 bilhões de dólares.

A denominação atualmente recebe cerca de 2 bilhões de dólares anualmente.

 

Isso é de acordo com a edição deste ano do Índice Global de Dízimo (sigla em inglês GTI), um relatório que mede dados estatísticos de fidelidade ao dízimo per capita entre os países, para o anos de 2010.

O GTI é publicado privadamente por Claude Richli, editor-associado das revistas 'Adventist Review' e 'Adventist World'. Apesar de não ser uma publicação oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, esse cotejo anual pode ajudar os administradores a comparar os países em regiões semelhantes e revelar tendências.

O GTI deste ano apresentou uma nova medição chamado de Potencial Total de Dízimos, que mostra o dízimo total que teoricamente deveria ser recebido em um país se todos os membros da Igreja Adventista fossem fiéis em dizimar 10 por cento de sua renda.

O dízimo potencial total para 2010 foi de cerca de 14,1 bilhões de dólares. No mesmo ano, a Igreja Adventista recebeu cerca de 1,9 bilhão em dízimos.

O GTI é um instrumento que visa a nivelar o campo ao comparar fidelidade ao dízimo entre países, levando em conta a disparidade econômica. Mede o dízimo per capita, comparando países segundo o seu Produto Interno Bruto com o volume agregado de dízimo por país, dividido pelo número de membros dos registros da Igreja.

O GTI analisa 104 países e utiliza informações do Relatório Estatístico da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia para 2010 e o Factbook Mundial da Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA.

A Eritreia e a Suíça novamente lideraram o ranking anual deste ano, seguidas pela Áustria, Dinamarca e França.

O GTI também indica fidelidade cada vez maior entre os membros em países como o Brasil, que em 2010 foi responsável por cerca de metade dos ganhos nos dízimos a nível mundial.

A edição deste ano oferece também uma forte evidência de como uma auditoria de registro de membros revela um indicador mais preciso do apoio financeiro dos membros. Nações que tiveram grandes ganhos no ranking no índice deste ano--incluindo Togo e Bolívia--foram áreas em que os líderes da Igreja Adventista recentemente realizaram auditorias de membresia.

Togo saltou para a 7a. posição no ranking, subindo da 38a colocação no ano passado. Richli atribuiu o salto inteiramente "à decisão corajosa por parte de sua liderança de eliminar todos os membros desaparecidos", escreveu ele no relatório.

Em 2010, Togo relatou 5.343 membros, uma queda de 52 por cento com relação aos 11.028 no ano anterior.

Esse movimento, Richli disse, mostrou que os membros ativos no Togo foram tão fiéis quanto seus homólogos dos países ricos. A ação da Igreja no Togo, no entanto, coloca em evidência a "necessidade óbvia" de auditorias de membresia em muitos países, Richli escreveu.

Infelizmente, Richli disse, cerca de um terço dos países pesquisados contribui com menos de 10 por cento do dízimo potencial total. Ele disse que os números "mostram claramente que nesses países, os registros de membros estão muito inflacionados".

Dois consultores do projeto são professores de administração no Instituto Adventista Internacional de Estudos Avançados, uma escola de pós-graduação nas Filipinas e diretamente afiliada à sede mundial da Igreja Adventista.

"Ao olhar para os relatórios GTI ao longo dos anos, fica evidenciado quando dirigentes da Igreja tomam medidas claras para tratar de questões de administração financeira e de registros de membros", disse Ronald Vyhmeister, diretor do programa de negócios no AIIAS e consultor da GTI.

"Este ano, novamente a questão de registro de membros se destaca como uma questão que, evidentemente, precisa ser enfrentada em muitas partes do mundo", disse Vyhmeister.

Outras tendências observadas no relatório deste ano incluem o dízimo na Europa, que revela um quadro misto. Alguns países, como o Reino Unido e Noruega, mostram uma melhoria gradual após o início da recessão, mas países como a Espanha mostram que a recessão está afetando seriamente o dizimar por lá.

Além disso, três países classificados na União Sul Africana, da denominação--África do Sul, Lesoto e Suazilândia--confirmam que a sua ascensão nos anos anteriores não foi devido a uma distorção estatística. Cada um está entre os primeiros 20 países, ocupando sólido espaço entre países do Ocidente.

Veja o relatório completo acessando: http://www.aiias.edu/gti/reports.html

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