Defesa da liberdade religiosa atual está difícil, mas muitas vezes é eficaz, diz autoridade dos EUA

Veterano Thames advogar em balanço de cidadãos privados, grupos religiosos, ONGs

Punta Cana, Dominican Republic | Bettina Krause/IRLA with Mark Kellner/Adventist Review

Quando o veterano defensor da liberdade religiosa Knox Thames dirigiu-se ao 7 º Congresso Mundial de Liberdade Religiosa na semana passada, ele trazia na mão um pedaço dos escombros de um edifício da Igreja Adventista do 7o. Dia em Ashgabat, Turquemenistão, demolido alguns anos atrás pelas autoridades governamentais.

Thames, que dirige a Comissão de Política e Pesquisa para a Comissão Estadunidense Sobre Liberdade Religiosa Internacional, disse que viu em primeira mão os resultados da atual crise global de liberdade religiosa enquanto representava o Departamente de Estado dos EUA por todo o mundo.

Contudo, ao mesmo tempo, Thames ofereceu uma nota de otimismo. "Não estou sem esperança de que os advogados da liberdade religiosa possam fazer uma real diferença", ele disse a uma plateia de 900 advogados de liberdade religiosa, oficiais governamentais, eruditos e especialistas legais reunidos na República Dominica para examinar a influência de secularismo sobre a expressão religiosa.

Após uma década de advocacia por indivíduos e organizações, os governos dos EUA e outros foram motivados a pressionar o Turquemenistão a aliviar as restrições, Thames disse. Hoje, os grupos minoritários de fé, como a Igreja Adventista, experimentam exigências de registro menos rígidas naquele país da Ásia central, disse ele.

"Eu vi que os esforços de indivíduos, grupos religiosos e organizações não-governamentais podem salvar vidas, mudar leis e expandir a liberdade religiosa", disse Thames. Ele alertou que a defesa em curso é difícil e os resultados nunca são assegurados. Também aconselhou os defensores a agir com discernimento e persistência, e a rejeitar a tentação de exagerar a sua causa, ou falar sem conhecer todos os fatos.

Mais tarde, Thames uniu-se ao presidente do Centro Estadunidense da Primeira Liberdade, Robert Seiple e ao diretor de Relações Nacionais e Legislativas para o Comitê Judeu Americano, Richard T. Foltin, para discutir o papel da advocacia popular.

Quer se trate de envolvimento em questões locais de liberdade religiosa ou de ajudar a mudar a situação para os cristãos no Laos ou Vietnã, a presença de organizações não-governamentais e cidadãos privados é essencial para a promoção e proteção da liberdade religiosa, disse o painel.

"Os governos podem ser muito, muito úteis. Mas, em última instância, tem que ser pessoas que estejam comprometidas com isso pelo tempo necessário", disse Seiple. "Nunca espere mais do governo do que o governo está preparado para fazer."

Thames salientou que a Comissão Estadunidense Sobre Liberdade Religiosa Internacional tem orçamento limitado, então estão "satisfeitos com a parceria com ONGs e organizações religiosas" para monitorar a liberdade religiosa no cenário internacional. A comissão existe para informar o Congresso dos EUA sobre questões de liberdade religiosa em todo o mundo.

Conquanto diferentes organizações possam atuar unidamente sobre questões comuns, dar "espaço" para diferenças de opinião também é vital, Foltin disse.

"Para conseguir que sua voz se seja ouvida, você tem que valorizar a sua presença, trabalhando em coalizão", ele aduziu. "O importante é que haja um relacionamento que nos permita trabalhar juntos".

E seja o problema local ou global, Seiple acrescentou, a obtenção de resultados muitas vezes pode levar muito mais tempo do que o esperado. Ele observou que só depois de décadas de trabalho no Laos e Vietnã, as ONGs começaram a ver resultados positivos. E em alguns países, onde um diplomata norte-americano pode ter dificuldade em apresentar uma ampla gama de questões, a ONG que se concentra no envolvimento global na esfera da liberdade religiosa pode muitas vezes ser mais bem recebido, disse ele.

Todos os três especialistas sublinharam a necessidade de ONGs e advogados da liberdade religiosa envolverem os jovens. Thames os alcança através de mensagens do serviço Twitter; Seiple elogiou o envolvimento dos jovens, e Foltin observou que também é necessário que os jovens expressem opiniões divergentes como parte do processo de engajamento.

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