Northern Asia-Pacific

Na Mongólia, as aquisições de terreno contribuem para o crescimento da Igreja

Novas propriedades ajudam na evangelização em expansão; edificar antes de avançar

Ulan Bator, Mongolia | Sarah Deblois and Ansel Oliver/ANN

O Campo Missionário da Mongólia, da Igreja Adventista do Sétimo, adquiriu cinco novas propriedades este ano, permitindo à Igreja, ainda incipiente na região, a expandir a sua infra-estrutura e seus serviços comunitários.

Estabelecida na Mongólia da era moderna desde apenas o início de 1990, a denominação na Mongólia tem 24 congregações e cerca de 2.000 membros. Graças ao apoio internacional, investimentos recentes em terrenos, edificação de igrejas e os planos para centros comunitários, a Igreja está preparada para alcance mais significativo e, esperam os oficiais denominacionais, aumento de membros.

E isso não se dá muito cedo, dizem. O custo de vida está começando a aumentar à medida que a nação embarca numa expansão da mineração de seus recursos naturais inexplorados.

"A Mongólia tem um futuro brilhante, mas acreditamos que se não aproveitarmos esta oportunidade agora para estabelecer a nossa escola e centros de saúde, mais tarde poderia ser tarde demais", disse Elbert Kuhn, diretor do campo missionário, com sede na capital do país Ulan Bator.

Kuhn disse que o campo missionário está planejando construir até 15 centros comunitários no país ao longo dos próximos quatro anos. "A Igreja deve ser relevante para seus membros, mas também para a comunidade", disse Kuhn. "Queremos fazer uma diferença onde estivermos estabelecidos."

Os esforços de evangelismo estão lentamente dando resultado. A cerimônia de dedicação de uma igreja adventista na província de Övörkhangai em outubro foi a primeira vez que uma congregação adventista foi oficialmente organizada no país em oito anos. E no próximo mês, a Igreja Adventista Amazing Grace em Ulan Bator será concluída e dedicada.

Este ano, o campo missionário adquiriu um terreno de 600 metros quadrados na província Khentii, a leste da capital, e um lote 500 metros quadrados na província Arkhangai, a oeste da capital. O campo missionário também comprou um lote e um prédio em Erdenet City, a segunda maior cidade em população com o maior poder de compra per capita. A cidade é sede de várias grandes fábricas e é um centro de mineração de cobre.

O trabalho adventista entre pessoas mongóis começou em 1926 por missionários russos que operavam a partir da Manchúria, na China, de acordo com a Enciclopédia Adventista. Alguns anos mais tarde, um missionário americano trabalhou para estabelecer uma sede de missão e uma clínica. Ele voltou para os Estados Unidos no final de 1930, e a Segunda Guerra Mundial impediu o prosseguimento dos trabalhos na região.

A obra adventista não foi restabelecida na Mongólia até o início de 1990, após o fim do regime socialista, que abriu o país para a expressão religiosa. Voluntários do ministério de apoio Adventist Frontier Missions foram à Mongólia, em 1990, e o Campo Missionário da Mongólia da Igreja Adventista foi formalmente organizado em 1997, sob a Divisão Ásia-Pacífico Norte.

O cristianismo é relativamente novo na Mongólia. Cerca de metade dos mongóis é budista e mais de um quarto são ateus. Crenças de xamanismo também são difundidas. A sociedade de hoje, porém, é em grande parte secular, disse Kuhn. Sob a influência soviética anterior, o governo realizava campanhas para dissuadir os jovens da região de participar de atividades religiosas. Essa influência permanece, disse ele.

Kuhn, de 43 anos, trabalhou para a Igreja na Mongólia de 2003-2009 antes de retornar ao seu Brasil natal. Em janeiro, enquanto trabalhava como secretário-associado da Associação Ministerial da Divisão Sul-Americana, ele recebeu um convite para voltar e servir como diretor da Igreja na Mongólia.

Grande parte do desenvolvimento do capital recente, disse Kuhn, é resultado de uma parceria entre o campo missionário e a União Australiana, da denominação. A nova igreja Munkhinn Geree foi construída em grande parte sobre o fundamento de cinco anos de trabalho de voluntários da Associação Oeste da Austrália. A partir de 2006, eles enviaram grupos que construíram parques infantis, organizaram esportes para os jovens, e palestras sobre saúde e estudo da Bíblia.

A freqüência à igreja semanalmente na igreja Geree Munkhinn é de cerca de 60 pessoas num santuário que pode abrigar cerca 120.

Kuhn disse que um construtor australiano está se oferecendo para ajudar a construir os futuros centros comunitários, com fundos adicionais de doadores.

Um passo futuro no desenvolvimento do campo seria entregar a liderança para mongóis nativos, disse o brasileiro, Kuhn. Seu antecessor foi um australiano. "Queremos tentar o nosso melhor para fundamentar nossa igreja, preparando líderes locais para que possam cuidar por si mesmos da igreja o mais rápido possível", disse ele.

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