Teólogos da Andrews aprovam declaração sobre liderança

Declaração realça igualdade de homens e mulheres como membros do Corpo de Cristo

Silver Spring, Maryland, United States | Andrew McChesney/Adventist Review

O corpo docente do Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia, da Universidade Andrews, votou uma declaração sobre conceitos bíblicos de liderança, informou a universidade sexta-feira.
 
Os professores da principal instituição norte-americana para preparação de para pastores da denominação aprovou um estudo de sete páginas, intitulado “Sobre a Singular Liderança da Igreja por Cristo”.
 
O documento, aprovado quinta-feira, “representa um consenso do corpo docente do seminário que elaborou tal declaração como um serviço para a Igreja em todo o mundo”, disse a universidade num comunicado.
 
“Estou contente em oferecer à Igreja este estudo bíblico-teológico que destaca a liderança singular de Cristo na Igreja”, disse o reitor do seminário, Jiří Moskala. “É minha esperança de que contribua significativamente para os debates atuais sobre liderança”.
 
O documento inicia declarando inequivocamente que o cabeça, ou líder, da Igreja não é ninguém mais, senão Cristo.
 
“Apesar de existir liderança denominacional legítima, nenhum outro ser humano pode legitimamente reivindicar um papel de chefia da Igreja”, diz. “Como o cabeça da Igreja, Cristo oferece a manifestação suprema do amor de Deus, demonstrando e justificando o governo moral de Deus de amor, e frustrando assim o governo falsificação do usurpador ‘príncipe deste mundo’”.

Mais adiante, a declaração aborda o entendimento bíblico dos papeis de homens e mulheres. “Uma vez que Cristo é o único Marido da Igreja (a noiva metafórica de Cristo), os seus membros não podem ser eles próprios maridos da Igreja, mas coletivamente, homens e mulheres juntos, formam a noiva de Cristo”, afirma.
 
A declaração não faz menção à ordenação de mulheres, uma questão controversa entre alguns membros da Igreja que enfrenta uma possível votação da Igreja a nível mundial na Assembleia da Associação Geral em San Antonio, Texas, em julho de 2015.
 
A declaração afirma que Deus criou o homem e a mulher como iguais no Jardim do Éden, e ressalta que Deus deseja restaurar a igualdade. “Apesar de várias interpretações de Gên 3:16 reconhecendo algum tipo de rompimento pós-Queda desse ideal igualitário pré-Queda, a Bíblia consistentemente nos chama de volta ao plano original de Deus para a plena igualdade, sem hierarquia (Cant. 7:10, Isa. 65: 17, 25; cf. Gên 1, 29-30)”, aduz o comunicado.
 
“Os escritos de Paulo, embora muitas vezes mal compreendidos (2 Ped. 3:16), mantêm esse modelo do Éden (Efé.  5, 21-23), afirmando com o restante das Escrituras o ideal evangélico de restauração definitiva do modelo edênico (cf. Mat. 19:8; 2 Cor. 5:17; Gál. 3:28).
 
“Ellen White também sublinha este paradigma redentor: ‘A mulher deve ocupar a posição que Deus originalmente concebeu para ela, como em igualdade com seu marido, (LA, pág. 231)”, ela diz.
 
Moskala disse esperar que a declaração da Andrews ajude a acabar com algumas divisões entre os membros da Igreja. “Oro para que este documento se revele uma influência unificadora na Igreja”, comentou.
 
Clique aqui para ler o comunicado na íntegra.

 

arrow-bracket-rightComentárioscontact