Presidente diz que voto sobre ordenação feminina não altera a política atual

NAD diz que vai continuar a encorajar mulheres a servirem no ministério evangélico.

San Antonio, Texas, USA | Andrew McChesney, Adventist Review / ANN staff

O presidente da Associação Geral, Ted N. C. Wilson, disse sexta-feira que a votação desta semana sobre a questão da ordenação de mulheres significava “mantemos a política atual”.

Wilson disse aos delegados na Assembleia da Associação Geral em San Antonio, Texas, que a votação de quarta-feira simplesmente impedia as Divisões mundiais da Igreja de tomarem decisões sobre a ordenação de mulheres. 

Ele disse que a votação não tem nada a ver com as mulheres serem ordenadas como anciãs locais, uma prática baseada nas praxes da Igreja em vigor há várias décadas.  Além disso, disse ele, a votação não se relacionava com os ministros comissionados, que podem ser do sexo masculino ou feminino no âmbito das mesmas praxes. “Por isso, vamos ser claros quanto ao que foi votado na quarta-feira”, disse Wilson. “Estamos agora de volta ao nosso entendimento original, e recomendo vigorosamente que todos adiram ao que foi votado. Mas não coloquem na votação outras coisas que não foram incluídas nela. Precisamos ser justos, precisamos estar abertos, e todos precisamos aceitar o que é votado numa assembleia da Associação Geral. Wilson pediu a presidentes de Divisão para esclarecerem o significado da votação de quarta-feira em seus territórios.

Pouco depois que Wilson falou, o presidente da Divisão Norte-Americana, Daniel R. Jackson, divulgou um comunicado dizendo que a divisão “iria cumprir com o voto da Igreja a nível mundial”.

Ele disse que a Divisão reconhecia que “o voto proibia que as 13 Divisões mundiais da Igreja ou qualquer de suas entidades tomassem suas próprias decisões a respeito da consideração e possível implementação da ordenação de mulheres para o ministério do evangelho”.

Mas, acrescentou, a votação não proibia as mulheres de servirem como pastores da Igreja comissionadas; como mulheres servirem como anciãs ordenadas na igreja local, e a ordenação de diaconisas.  “Uma vez que a decisão não desautorizava essas coisas, continuamos a incentivar aquelas que têm servido nessas funções a continuarem a fazê-lo”, disse Jackson.

Ele acrescentou: “É vital entender que a DNA vai continuar a seguir as instruções contidas nas Praxes Operacionais da Associação Geral permitindo que as Associações e Uniões licenciem mulheres como ministras comissionadas no ministério pastoral. Vamos também continuar a incentivar a utilização dos serviços de mulheres como anciãs e diaconisas locais ordenadas”.

Wilson na sexta-feira também disse que pediu às Divisões para cuidarem de itens específicos que surgem no seu território. Ele não deu mais detalhes, dizendo apenas que a liderança da Associação Geral esperava que tais assuntos se resolvessem sem problemas e contava com a assistência das Divisões sobre os mesmos. 

Ele disse que os líderes de Divisão têm um espírito de defender o que a Associação Geral decide em votos da assembleia. As decisões tomadas pela Associação Geral em assembleia têm a mais alta autoridade na Igreja.

Wilson, por sua vez, buscou desfazer preocupações de alguns membros da Igreja de que uma revisão do 'Manual da Igreja' que os delegados aprovaram anteriormente viessem limitar a autoridade ou atividades da Associação Geral. “A razão para a formulação é limitar quaisquer recursos frívolos. . . que sejam levantados através do sistema”, disse Wilson.

A alteração dá às Divisões o direito de impedir que uma disputa chegue ao nível da Associação Geral. Os níveis a que um recurso pode ser considerado numa Divisão incluem o da igreja local, associações e uniões. Wilson esclareceu que, de qualquer modo, a Associação Geral geralmente opera através das Divisões e seus vários níveis na resolução de apelos. “Então, por favor, não imaginem coisas que, em meu entendimento, nem estão lá”, disse ele.

arrow-bracket-rightComentárioscontact