No Cazaquistão, adventista condenado a servir dois anos num campo de trabalhos forçados por professar a fé

Líderes da Igreja incentivam a nação a aderir ao compromisso de garantir liberdade de religião a todos os cidadãos.

Astana, Kazakhstan | ANN Staff

Yklas Kabduakasov, um adventista do sétimo dia, foi condenado recentemente a servir dois anos num campo de trabalhos forçados por “incitar o ódio religioso”. Kabduakasov foi acusado de fazer comentários incendiárias durante aulas com alunos da universidade da capital. É uma acusação que Kabduakasov tem consistentemente negado. 

Em 22 de dezembro, o juiz do Tribinal da Cidade decidiu reabrir o caso e ouvir depoimentos de áudio e vídeo contra Kabduakasov, com o Ministério Público pedindo sentença mais dura. No início deste ano Kabduakasov foi condenado pelo Tribunal Distrital de Esilskij a sete anos de liberdade restrita em casa, no entanto, a Corte de Apelações foi solicitada a rever a sua sentença e, em vez de restringir a sua liberdade, condenou-o a pena de prisão. 

Ganoune Diop, diretor de Relações Públicas e Liberdade Religiosa da Igreja Adventista do Sétimo Dia expressou preocupação sobre a acusação e condenação observando, “os adventistas enfrentam restrições para a liberdade religiosa, entendida como o direito de professar, praticar e propagar a própria fé sem ser impedido de assim agir”. 

Diop prosseguiu dizendo que encoraja as autoridades do Cazaquistão “a viverem de acordo com os seus compromissos para com os tratados, convênios e convenções internacionais e, consequentemente, garantirem a todos os cidadãos a liberdade de religião ou crença”.

Dwayne Leslie, diretor-associado de Relações Públicas e Liberdade Religiosa da Igreja Adventista do Sétimo Dia a nível mundial, acrescentou, “Estamos vendo o aumento dos níveis de restrição contra minorias religiosas em muitos países ao redor do mundo e nos incomodamos quando pessoas de fé são incapazes de seguir a sua consciência como bem entenderem”. 

O advogado de Kabduakasov, Shaldykova Gulmira, disse que não concorda com a decisão do tribunal e considera a sentença “muito dura”. Gulmira disse que pretende discutir a questão com Kabduakasov e recomendar a apresentação de um recurso.

Michael Kaminsky, presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia na região Euro-Ásia, disse num e-mail que “estamos unidos em oração por nosso irmão e sua família. Por favor, ajudem a nossa família eclesiástica a se unir a nós em oração por sua liberdade”.

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