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IMPULSIONADA PELO ENVOLVIMENTO TOTAL DO MEMBRO, IGREJA ADVENTISTA ALCANÇA A CASA DOS 20 MILHÕES

Um número recorde de pessoas se une à Igreja, enquanto congregações locais são plantadas rapidamente para nutrir novos membros.

Andrew McChesney, Adventist Mission

Um grande esforço para envolver cada membro da Igreja no programa Envolvimento Total do Membro ajudou a impulsionar a Igreja Adventista do Sétimo Dia a ultrapassar 20 milhões de membros pela primeira vez em sua história. 

A Igreja Adventista tinha 20.008.779 membros em 31 de dezembro de 2016, um aumento líquido de 882.332 pessoas, ou 4,6 por cento em comparação com o ano anterior, informou o Escritório de Arquivos, Estatísticas e Pesquisa da denominação. 

Em outro marco, um recorde de batismos de 1,2 milhão de pessoas ocorreu no ano passado, incluindo o número sem precedentes de 110.000 almas em Ruanda, enquanto novas igrejas continuaram a ser plantadas em ritmo rápido. 

“O que essas estatísticas me dizem sobre os esforços da Igreja em cumprir sua missão é que os líderes da Igreja e, cada vez mais, os membros da Igreja estão colocando recursos consideráveis para alcançar novas almas para o reino de Deus”, disse David Trim, diretor do Escritório de Arquivos e Pesquisa. “Envolvimento Total do Membro tem um papel enorme a desempenhar aqui, e os batismos recordes em 2016 já refletem [a adoção] do programa”.

O programa Envolvimento Total do Membro (sigla em inglês: TMI), implementado em seu primeiro ano completo em 2016, é uma iniciativa mundial da Igreja que incentiva cada adventista a compartilhar ativamente o evangelho em sua comunidade. Os esforços de divulgação incluem distribuição de literatura, estudos bíblicos, aulas de culinária, seminários de saúde, clínicas gratuitas e reuniões evangelísticas públicas. 

Reagindo aos novos números de membros, o presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Ted N. Wilson, enfatizou a ligação entre o crescimento da Igreja e o envolvimento de cada membro, especialmente dos leigos. “O envolvimento de leigos no programa TMI é tão importante para o que estamos vendo acontecer na Igreja a nível mundial”, declarou Wilson.

“O Espírito Santo está levando os membros de nossa Igreja a se envolver ativamente em todos os aspectos do testemunho pessoal e público”, disse ele por e-mail. “Nunca nos esqueçamos do conselho que nos foi dado em ‘Testemunhos Para a Igreja’, Vol. 9, pág. 117: “A obra de Deus na Terra nunca pode ser concluída até que os homens e mulheres que compõem nossos membros na Igreja se empenhem na obra e unam seus esforços com os de ministros e oficiais da Igreja”. 

Duane McKey, coordenador de TMI para a Igreja a nível mundial, opinou que o crescimento de membros é “claramente uma indicação de que o programa TMI é abençoado por Deus”.

“Quando toda a Igreja é mobilizada como em Ruanda, quando cada membro está fazendo alguma coisa, Deus está lá e Deus vai abençoar”, disse McKey. “Isso realmente é uma ilustração de como o trabalho pode ser concluído!”

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Recorde em Adesões

As estatísticas indicam que a Igreja Adventista, fundada em 1863 com apenas 3.500 membros, está indo de pico a pico no crescimento de seus membros. A Igreja tem testemunhado recordes de adesão em cada um dos últimos três anos, com 1.167.506 novos membros em 2014, seguidos por 1.260.880 novos membros em 2015, e 1.314.950 em 2016, disse Trim.

O ano passado também foi o primeiro ano em que os batismos—em contraste com as profissões de fé—ultrapassaram 1,2 milhão, disse ele. Ao todo, havia 1.271.305 batismos e 43.645 profissões de fé em 2016. 

A Igreja Adventista, organizada em 13 Divisões mundiais e dois campos anexos, testemunhou o maior crescimento na Divisão da África Centro-Oriental, com 338.638 novos membros (334.571 batismos e 4.067 profissões de fé) para um total declarado de 3.502.462 de membros. O território da Divisão inclui Ruanda, onde 110.476 pessoas foram batizadas após meses de oração e outros esforços de TMI que culminaram em reuniões evangelísticas em mais de 2.000 locais em maio de 2016.

Blasious Ruguri, presidente da Divisão da África Centro-Oriental, disse que um enorme milagre aconteceu em Ruanda por causa do envolvimento ativo de membros da Igreja—”mulheres e homens leigos, pastores, anciãos da Igreja, esposas de pastores, todos os níveis da Igreja”. E adicionou: “Nunca antes esse tipo de envolvimento tinha sido visto. Este fenômeno incomum trouxe um despertar inigualável em todo o país”. 

Alain Coralie, secretário-executivo da Divisão da África Centro-Oriental, disse que a experiência ruandesa prova que “uma Igreja saudável, focada unicamente na missão de Deus, resultará num enorme crescimento numérico. Na Divisão de África Oriental e Central, acreditamos que o que aconteceu em Ruanda em 2016 é apenas o começo de coisas maiores por vir”. E aduziu: “Estamos planejando campanhas maiores este ano e esperamos pela graça de Deus ver resultados ainda maiores”. 

A Divisão África-Oceano Índico teve o segundo maior crescimento, com 276.601 novos membros, elevando o número total de membros para 3.747.573.

Retenção e Discipulado

Trim também apontou para ao contínuo alcance de recordes na plantação de Igrejas. No total, 2.655 congregações locais foram estabelecidas no ano passado, ou uma nova igreja a cada 3,3 horas, um dado pouco menor do registro de uma nova igreja a cada 3,2 horas em 2015. “As estatísticas mostram que o foco da Missão Global no plantio de igrejas está dando frutos”, comentou Gary Krause, diretor do Escritório da Missão Adventista. “Eu diria que o plantio de igrejas continua a ser pelo menos um fator importante, se não o fator principal em dar força ao crescimento sustentado, segundo novos crentes sejam nutridos na comunhão como discípulos em crescimento”.

Em todo o mundo, a Igreja Adventista tem 154.710 congregações, grupos e locais de pregação. Os líderes da Igreja a nível mundial se alegraram com o rápido crescimento da Igreja, mas também ressaltaram que esforços devem ser feitos para nutrir os novos membros. “Devemos lembrar que a retenção e a consolidação são o outro lado da mesma moeda do evangelismo”, disse G. T. Ng, secretário executivo da Igreja a nível mundial. Krause ecoou esse sentimento: “Todo o céu se alegra quando apenas uma pessoa chega à casa do Pai”, disse. “Vamos nos unir à celebração celestial e louvar a Deus por essas pessoas preciosas. Como Igreja, agora temos a grande responsabilidade de cuidar deles, e ajudar a nutri-los e fazê-los crescer como discípulos engajados, que, por sua vez, compartilharão a sua nova fé com os outros”.

Embora o aumento robusto de membros tenha sido relatado no ano passado, 352.722 pessoas foram eliminadas por causa de abandono da fé ou por registros como desaparecidos nas auditorias de membros da Igreja, disse Trim. Ele observou que esta é a menor redução desde 2006. “Seria maravilhoso se pudéssemos pensar que o programa de auditorias agora pegou todos os membros que deixaram a Igreja e os deduziram dos registros oficiais”, disse ele. “Mas sabemos com muita certeza de várias fontes não ser este o caso”. 

Ele disse que uma média de 584 mil pessoas foram deduzidas anualmente nos últimos 10 anos, e se o mesmo número tivesse sido deduzido em 2016, não alcançaríamos 20 milhões. “A lição espiritual aqui é que não devemos ficar tão cegos por números que procuremos apenas acrescentar, que só batizamos, mas não alimentamos os novos membros numa vida de discipulado ativo”, analisou. “No entanto, levando-se em conta tudo isso, ainda podemos louvar a Deus por termos ultrapassado o importante marco de 20 milhões de membros, e louvamos ainda mais a Deus por mais de 1,3 milhão de pessoas que se uniram à igreja remanescente de Deus em 2016”, ele disse. “Agora precisamos nos certificar de que os retenhamos todos para estarmos no reino no juízo final”.

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