East-Central Africa

OS 100.000 NOVOS ADVENTISTAS DE RUANDA–UM ANO DEPOIS

Acolher dezenas de milhares de novos irmãos e irmãs requer o envolvimento total dos membros.

Kigagli, Rwanda | Bjorn Karlman

História foi escrita em Ruanda em 2016, quando 100.135 pessoas foram batizadas na Igreja Adventista. Ao centro desse esforço sem precedentes houve uma campanha evangelística de 2.227 locais que se deu entre 13 a 28 de maio daquele ano. O enorme afluxo de novos adventistas apresentou uma grande bênção e um enorme desafio para a Igreja Adventista em Ruanda e em todo o mundo.
 
Como os adventistas poderiam nutrir seus novos irmãos e irmãs na fé?
 
A chave para responder a essa pergunta foi a estratégia do envolvimento total de membros (TMI) que respaldou o esforço evangelístico de Ruanda bem antes de qualquer pregação ter começado no ano passado.
 
A mensagem desde o início foi alta e clara: o envolvimento total dos membros significa que todos na igreja eram responsáveis ​​por alcançar seus vizinhos para Cristo. O lema da campanha de Ruanda foi “Cada um alcançar um, não perder nenhum, discipular todos”.
 
“Todos os membros da Igreja foram convidados a participar desse evangelismo, ao contrário do passado em que algumas pessoas pensavam que o evangelismo é apenas para pastores e anciãos da igreja. Mas, nessa ocasião, todos os níveis da Igreja estavam envolvidos”, disse Onesphore Yadusoneye, diretor-interino de comunicação para a Igreja Adventista do Sétimo dia em Ruanda.
 
Os membros da Igreja visitaram os lares dos vizinhos, muitos deles levando materiais como as Lições da Escola Bíblica Mundial Descoberta para que pudessem aprender sobre a Bíblia. Os Serviços Comunitários Adventistas, apoiados por membros da igreja local, construíram ou restauraram casas para quem enfrentava extrema necessidade de habitação. Cabras, ovelhas e vacas foram distribuídas para a comunidade. Numerosas clínicas de saúde gratuitas foram organizadas pela Igreja para tocar comunidades com o ministério de cura de Cristo.
 
A mensagem era clara: “Nós nos preocupamos”.
 
Quando os evangelistas começaram a pregar, os membros da Igreja desenvolveram relacionamentos calorosos com os seus vizinhos, e os corações estavam prontos para ouvir a Palavra de Deus. Esses mesmos relacionamentos ilustravam como as amizades poderiam ser mantidas e aumentadas com dezenas de milhares de novos membros, bem depois da campanha evangelística ter terminado.
 
“O percentual de novos convertidos que ainda estão ativamente envolvidos na igreja é de mais de 95% devido às estratégias que a Igreja em Ruanda colocou em prática para mantê-los”, afirmou Yadusoneye.
 
Os adventistas em Ruanda fizeram um esforço sério para envolver seus novos membros nas famílias da igreja já existentes. Novos membros são recrutados para corais da igreja, bem como atividades administradas pelos departamentos adventistas de Ministérios da Juventude e da Mulher, entre outros.
 
Os novos membros também são convidados por igrejas para realizar cultos especiais no sábado. Para ajudar a desenvolver suas habilidades de liderança, muitas vezes são convidados a realizar programas da Escola Sabatina.
 
Para ajudar a educar os novos irmãos e irmãs, as igrejas adventistas em Ruanda atribuem a anciãos a tarefa de ensinar-lhes as doutrinas bíblicas e ajudar a modelar a vida cristã.
 
O maior desafio quando se trata desses novos membros está em acomodar fisicamente o crescimento da membresia. “Não temos igrejas suficientes para eles. É por isso que, em alguns lugares, as pessoas realizam cultos sob árvores, outras em casas alugadas e outras sob abrigos temporários”, relatou Yadusoneye.
 
Num clássico “bom problema”, mais edifícios de igreja e mais pastores são desesperadamente necessários.
 
Hesron R. Byilingiro, presidente da Igreja Adventista em Ruanda, sublinhou a necessidade urgente de apoio na construção de novas igrejas em 8 de junho de 2016, num artigo da ‘Adventist Review’: “Quero apelar a todos os que fazem parte da família de Deus para nos ajudarem de qualquer forma”.
 
No mesmo artigo da ‘Adventist Review’, Duane McKey, que supervisiona o programa TMI da Igreja a nível mundial, ecoou esse sentimento ao dizer que, após o batismo recorde, “o melhor que a Igreja por todo o mundo pode fazer para ajudar a garantir a retenção é contribuir para propiciar locais de culto aos novos membros”.

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