Congresso Mundial IRLA 2017. John Nay, presidente da IRLA, apresentando um prêmio à Dra. Lorena Rios, Chefe do Departamento de Assuntos Religiosos do Ministério do Interior da Colômbia. [Foto: Mylon Medley]
Líderes e participantes do 8º Congresso Mundial da Associação Internacional de Liberdade Religiosa (IRLA) reafirmaram o seu compromisso de promover a liberdade religiosa e buscar a convivência pacífica ao encerrar-se a conferência de três dias em Hollywood, Flórida, EUA, em 24 de agosto.
Os mais de 550 participantes, convidados, apresentadores e funcionários governamentais de 65 países discutiram a relação entre liberdade religiosa e estabilidade social, incluindo proteção de outros direitos humanos e desenvolvimento econômico. Reconheceram que ameaças à liberdade religiosa e outras crenças são graves e estão em ascensão.
John R. Nay, presidente da IRLA, disse que tornou-se claro pelo que disseram todos os oradores que todos “devem respeitar o direito de todas as pessoas de acreditar em Deus à sua maneira ou de não acreditar se essa é a sua escolha”.
“Devemos defender os outros a terem a mesma liberdade e por apoiar a liberdade religiosa para todos, estaremos também promovendo a convivência pacífica”, afirmou.
Nay agradeceu os oradores por suas conversações e reflexões profundas, a análise que delinearam, os desafios que apontaram e aos participantes os esforços passados, presentes e futuros em ajudar a garantir a liberdade religiosa e a convivência pacífica.
Resoluções Aprovadas
Os participantes do Congresso Mundial adotaram, por consenso, várias resoluções, incluindo “um apelo às nações do mundo para que promovam ativamente os princípios da liberdade de religião ou crença, conforme definido no Artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos” e “um apelo às pessoas do mundo a se inteirarem dos documentos fundamentais de direitos humanos . . . e enfatizar a importância da liberdade de religião ou crença”.
Os participantes do Congresso também concordaram em “encorajar clérigos, educadores e outros . . . a realçar e ensinar que a liberdade de religião ou crença é tanto um direito legal importante quanto um valor social crucial” e “solicitar à IRLA a continuar a identificar formas concretas para indivíduos e suas filiais locais a se empenharem na defesa da liberdade religiosa”.
Entre outros itens, as resoluções aprovadas incluíram um compromisso de “encorajar atores nacionais e internacionais a evitar estereótipos de grupos ou indivíduos com base em preconceitos ou pressuposições”, e também “incentivar líderes religiosos e outros a reconhecer o perigo de a religião sendo sequestrada e mal utilizada para objetivos não-religiosos”.
Os participantes também concordaram em autorizar a ampla distribuição dessas resoluções.
Defensores Homenageados
Dez defensores da liberdade religiosa de todo o mundo foram honrados pelo sua contribuição para promover a liberdade religiosa para todos. O Prêmio de Distinção foi para Robert Seiple, o primeiro embaixador para liberdade religiosa internacional no Departamento de Estado de 1998 a 2000, ex-presidente da World Vision [Visão Mundial] e ex-presidente da IRLA.
“A IRLA foi abençoada com sua liderança como presidente”, disse o secretário-geral da IRLA, Ganoune Diop. “Suas ideias práticas e capacidade de traduzir ideias em ações concretas em benefício da família humana, nos fizeram melhores pessoas”.
Outros homenageados incluíram o prolífico autor, editor e erudito internacional W. Cole Durham; o chefe do Escritório do Conselho Geral na sede mundial da Ig Adventista do Sétimo Dia, Karnik Doukmetzian; e Knox Thames, assessor especial para minorias religiosas no Oriente Próximo e Ásia do Sul e Central do Departamento de Estado dos Estados Unidos em Washington, DC.
A IRLA foi fundada em 1893 pelos líderes da Igreja Adventista para promover a liberdade religiosa para todos. Logo se tornou um movimento global por pessoas de outras religiões, cristãos e não-cristãos. Atualmente, a IRLA possui uma diretoria muito diversificada composta por adventistas do sétimo dia, católicos, batistas e metodistas.
“A IRLA entendeu muito cedo que a liberdade religiosa não poderia ser apenas para uma comunidade”, disse Diop. “É a razão pela qual estamos empenhados em promover a liberdade religiosa para todos”.