Middle East and North Africa

UNIVERSIDADE ADVENTISTA PROMOVE SAÚDE E A PAZ NO LÍBANO

Estudantes da Universidade do Médio Oriente e membros da Igreja participam da Maratona de Beirute

Beirut, Lebanon | Maria Lombart, Middle East and North Africa Union

“As pessoas estavam passando apenas exaustas, mas quando começamos a torcer por elas, sorriam, aceleravam e recobravam ânimo. Foi-nos gratificante ver que lhes fizemos uma diferença enquanto corriam”, disse Sara Saunders, Coordenadora de Aprendizagem de Serviços da Universidade do Oriente Médio.

No domingo, 12 de novembro de 2017, a Universidade do Oriente Médio (MEU), a única Universidade Adventista da região (sigla em inglês MEU), e a Igreja ingressaram no BLOM, sigla para a Maratona do Banco de Beirute no seu 15º ano consecutivo corrida de saúde, paz e bem-estar.

Os 47.859 corredores vieram de todo o mundo, representando 105 nacionalidades.

George Jackson, diretor do programa Biologia/Pré-Med, disse que foi emocionante que a MEU fizesse parte de algo tão grande, particularmente num país que sofreu divisões entre diferentes grupos no passado e com recentes tensões no Oriente médio.

“Ver maronitas, católicos, sunitas, hindus, ateus, xiitas e adventistas do sétimo dia correndo juntos mostrou que ainda há uma comunidade de pessoas que acreditam que a paz é possível”, disse Jackson.

20 voluntários, incluindo estudantes da MEU e membros da igreja da MEU, ajudaram a distribuir centenas de garrafas de água na estação de água da MEU para promover a importância do consumo de água potável.

Um dos estudantes que se inscreveram para correr, Wacjkir Deng, empresário do Sudão do Sul, quebrou o braço várias semanas antes, mas ficou feliz por ainda poder se voluntariar na estação de água.

Os primeiros a chegar foram os para-atletas em suas bicicletas especiais, a seguir os corredores de revezamento e, finalmente, os corredores de maratona de 42K.

“Você sabia que a maratona tinha começado quando via os primeiros corredores chegando—os etíopes e os quenianos. Eles estavam tão concentrados, olhando direto para a frente, como se estivessem numa séria missão”, refletiu Saunders. “Outros realmente precisavam de muitos incentivos, especialmente os que se achavam do meio para o fim”.

Lujia Wang, estudante de Teologia da China, estava como voluntária na estação de água quando viu uma senhora chinesa correndo. “Corri com ela por um longo tempo, segurando a bandeira chinesa, e também conheci o seu marido. Ensinei todos como dizer Jia-yo a torcer por ela. “(Jia-yo significa boa sorte, tudo de melhor, ou faça o melhor que possível, em chinês).

Ela estava muito empolgada em ver os corredores, e comentou: “Fiquei impressionada com a forma como eles correram tantas milhas. Eu não conseguiria fazer isso, mas pelo menos podia agir como voluntária. Eu queria ser útil às pessoas”.

A egípcia Feda Dous, estudante de Administração de Negócios, acordou às 4 da manhã para ter certeza de que embarcaria na van da MEU. Ela e seu noivo Yechan Jung, estudante de Teologia da Coreia do Sul, desenharam à mão cartazes de cores vivas para encorajar os corredores que passavam pela estação de água da MEU. Slogans como “MEU te ama!” “Você tem um motor em seus pés” e “Se suas pernas cansarem, corra com o coração” foram mantidas altas ao lado das tão necessárias garrafas de água.

“Identifiquei um homem egípcio correndo com uma bandeira, então corri com ele. Gostei muito da corrida e fico feliz por ter ido; eu faria isso novamente”, disse Dous. Jung concordou, dizendo: “Ficamos felizes quando as pessoas eram encorajadas pelos nossos cartazes. Muitos dos corredores nos deram ‘high fives’ [toques celebratórios amistosos de cinco dedos no alto, mão contra mão]”.

Dous e vários outros alunos se inscreveram para cumprir parcialmente as horas de sua classe de Filosofia de Serviço. O curso enfatiza aspectos práticos, exigindo que os alunos completem um mínimo de 15 horas de serviço durante o semestre.

O instrutor Saunders deu aos alunos a opção de escolher com base em seu interesse e localização, visitar um orfanato, educar jovens vizinhos em inglês, ajudar num projeto de construção com uma organização sem fins lucrativos, voluntariar-se com a Cruz Vermelha ou ensinar uma idosa vizinha como usar o computador.

Não só houve voluntários da MEU como também os que correram na maratona. A Igreja da Universidade teve uma equipe de revezamento de maratona executando segmentos de 5K, 7K e 10 K para completar 42.195KM. Para a preparação da corrida de revezamento, Jared Miller, pastor da igreja da MEU, levou os corredores para o Corniche no início dos domingos de manhã, onde iriam treinar ao longo do Mar Mediterrâneo.

Miller extraiu uma lição espiritual para os corredores que participaram da maratona, ressaltando que era um grande alívio passar o bastão para um colega de equipe descansado e pronto. Nenhum dos membros da equipe estava preparado para executar a maratona inteira de 42.195 KM individualmente, mas juntos podiam fazê-lo.

“Da mesma forma, a tarefa de espalhar o evangelho eterno para todas as nações, tribos, línguas e pessoas é uma tarefa imensa que nós, como indivíduos, não podemos realizar sozinhos. Mas por todos trabalharem juntos como equipe, podemos cumprir a tarefa que Jesus nos deu”, concluiu Miller.

arrow-bracket-rightComentárioscontact