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COMENTÁRIO: UM EVENTO DA REFORMA NOS LEMBRA QUE JESUS BREVE VIRÁ

Embora não desejemos ser percebidos como alarmistas, é óbvio que vivemos nos últimos dias da história do planeta.

Silver Spring, Maryland, United States | Ted N.C. Wilson

Um encontro especial ocorreu em Londres durante as comemorações do 500º aniversário da Reforma Protestante no mundo, o que indica claramente os tempos proféticos em que vivemos.

Líderes religiosos de várias denominações reuniram-se na Abadia da Igreja Anglicana de Westminster em 31 de outubro para adotar um acordo entre a Igreja Católica e a Igreja Luterana que buscava resolver uma disputa-chave no próprio centro da Reforma: a justificação pela fé.

“Quando a Federação Luterana Mundial e a Igreja Católica assinaram a Declaração Conjunta sobre Doutrina de Justificação em 1999, a questão teológica subjacente de 1517 foi resolvida, num momento decisivo para todas as Igrejas em busca de unidade e reconciliação”, afirmou o Arcebispo de Canterbury, Justin Welby, durante a reunião especial, de acordo com o Serviço de Notícias da Comunhão Anglicana.

 

Desde a sua assinatura, a declaração conjunta de 1999 foi adotada por várias outras denominações protestantes. A Igreja Adventista não faz parte dessa iniciativa, nem fará. A Igreja Adventista promove e incentiva a liberdade religiosa e de consciência para todos. Isso nos permite tomar decisões bíblicas e doutrinárias sem comprometer o método de estudo e interpretação “histórico-bíblico” ou “histórico-gramatical”, bem como a abordagem historicista da profecia bíblica. Essas abordagens, através da orientação do Espírito Santo, nos informam sobre os eventos que ocorrerão antes da vinda de Cristo em relação às profecias de Daniel e Apocalipse e, em particular, de Apocalipse 13.

Durante o encontro na Abadia de Westminster, o Arcebispo Justin Welby apresentou o texto da resolução a Martin Junge, secretário-geral da Federação Luterana Mundial, e a Brian Farrell, secretário do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. Também estavam presentes líderes do Conselho Metodista Mundial e da Comunhão Mundial de Igrejas Reformadas.

A apresentação pública da resolução anglicana sobre o aniversário da Reforma foi um passo importante para a unidade da Igreja, disse Junge, de acordo com o Serviço de Notícias da Comunhão Anglicana.

“Agradecemos a Deus porque, juntamente com as irmãs e irmãos católicos, metodistas e reformados, estamos testemunhando hoje a afirmação do conteúdo da Declaração Conjunta da Doutrina de Justificação por parte da Comunhão Anglicana”, afirmou. “Que este momento sirva como um testemunho importante do caminho para fazer crescer a unidade entre as Igrejas”.

Como adventistas, reconhecemos essa ação como um sinal definitivo do fim do tempo como estudamos nas Escrituras, lemos em “O Conflito dos Séculos” de Ellen White e falamos durante anos. Precisamos estar cientes dos eventos que estão ocorrendo e perceber que estamos vivendo nos pés da estátua de Daniel 2. O próximo grande evento é a segunda vinda de Cristo e veremos mais sinais bíblicos e proféticos à medida que nos acercamos desse evento culminante.

 

Ao assistirem ao desenvolvimento desses eventos, tenham em mente as seguintes passagens de “O Grande Conflito”, págs. 565, 575:

“Desde meados do século XIX, aqueles que estudam profecias nos Estados Unidos apresentaram este testemunho diante do mundo. Nos eventos que estão ocorrendo atualmente, especialmente neste país, há um rápido avanço no cumprimento dessas previsões. Os mestres protestantes apresentam as mesmas afirmações de autoridade divina em favor da observância do domingo e revelam a mesma falta de evidências bíblicas que os líderes papais quando fabricaram milagres para suprir a falta de um mandamento de Deus. A afirmação de que os julgamentos de Deus cairão sobre os homens em castigo por não terem observado o domingo como um sábado será repetido. Vozes já são ouvidas nesse sentido. E um movimento em favor da observância obrigatória do domingo está ganhando cada vez mais terreno”.

A compreensão específica expressa na pág. 574 do mesmo livro também se comprova muito pertinente:

 

“Devido aos dois erros capitais, o da imortalidade da alma e da santidade do domingo, Satanás apanha os homens em suas redes. Enquanto aquele constitui a base do espiritualismo, este cria um vínculo de simpatia com Roma. Os protestantes dos Estados Unidos serão os primeiros a estender as mãos através de um duplo abismo para o espiritismo e o poder romano; e sob a influência desta tripla aliança, este país marchará nos passos de Roma, atropelando os direitos da consciência”.

No final do mês passado, o destacado teólogo protestante americano Stanley Hauerwas observou no jornal ‘Washington Post’ que “as brechas entre as denominações parecem cada vez menores. E o mesmo se aplica ao fosso entre o catolicismo e o protestantismo “.

A seguir, em 13 de novembro, Mike Pence, vice-presidente dos Estados Unidos, reuniu-se com o principal diplomata do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, em Washington. Mais tarde, Pence expressou em um tweet que ficou honrado em receber o Cardeal na Casa Branca para um “diálogo produtivo sobre como podemos trabalhar juntos para promover os direitos humanos, combater o sofrimento humano e proteger a liberdade religiosa”.

Compreendemos pela profecia bíblica que esta tendência de eventos ecumênicos e associações de governos com o Vaticano não só será para os Estados Unidos, mas também para muitas outras partes do mundo.

Referindo-se à Reforma Protestante, Ellen White disse que “A Reforma não terminou, como muitas pessoas acreditam, no final da vida de Lutero. Ainda tem que seguir até o fim do mundo” (“O Conflito dos Séculos”, pág. 138).

 

 Que privilégio fazer parte da Reforma Protestante e da sua herança! A ação de Martinho Lutero em pregar as 95 teses na porta da Igreja do Castelo ressoou por todo o mundo nos últimos 500 anos. Deus usou Lutero e muitos outros para estabelecer os fundamentos de um retorno à Santa Palavra de Deus. Deixemos o Espírito Santo nos ajudar a nunca nos afastarmos de uma clara compreensão e aceitação da Bíblia como esta se expressa, reconhecendo os tempos proféticos em que vivemos. Como Jesus disse em Mateus 11:15: “Aquele que tem ouvidos, ouça” (Veja também Apocalipse 2:17).

As belas verdades bíblicas de que “o justo viverá pela fé” (Romanos 1:17) e que “pela graça sois salvos mediante a fé” em Cristo (Efésios 2: 8-10) são suportes tão poderosos de nossas preciosas crenças bíblicas e mensagens proféticas adventistas, com os pilares bíblicos da Reforma Protestante como sólido fundamento.

Embora não desejemos ser percebidos como alarmistas, é óbvio que vivemos nos últimos dias da história do planeta. Que Deus guie a isso o Seu movimento adventista, para proclamar as mensagens dos três anjos do Apocalipse 14, com Cristo e Sua justiça no centro das mensagens dos três anjos e para proclamar a mensagem do quarto anjo de Apocalipse 18, chamando pessoas para deixar a Babilônia e retornar à verdadeira adoração de Deus.

Meus amigos, estamos vivendo no fim dos tempos, e precisamos nos concentrar em nossa missão de proclamar a breve vinda de Cristo.

Que oportunidade de ser testemunhas do Senhor tanto pessoalmente como mediante a Igreja Adventista a nível mundial, por meio do Envolvimento Total dos Membros! Oremos pelo reavivamento e reforma em nossas vidas, e pela chuva serôdia do Espírito Santo na Igreja globalmente para que proclamemos a última mensagem de advertência a este mundo moribundo pouco antes da segunda vinda de Cristo. 

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