Trans-Europe, ADRA

JOVENS ADRIÁTICOS PASSAM 14 DIAS NO CAMPO DE REFUGIADOS

O acampamento, uma aldeia de contêineres, é povoado por 270 refugiados e é apoiado pela ADRA Grécia

Katerini, Greece | tedNews with Slavica Marčeta

Pelo segundo ano consecutivo, jovens da União Adriática dos Adventistas do Sétimo Dia ofereceram suas férias de inverno para trabalhar num campo de refugiados na Grécia.

O acampamento, uma aldeia de contêiners localizada perto da cidade do Katerini, no norte do país, é povoada por 270 refugiados, incluindo 101 crianças. Cada contêiner está equipado com uma pequena cozinha, um banheiro e alguns móveis que proporcionam conforto básico e privacidade para os seus ocupantes. Os cuidados de saúde são fornecidos num dispensário e um médico está disponível. Existem contêineres maiores no local, oferecendo espaços sociais separados para adultos do sexo masculino e feminino para atividades grupais, incluindo uma escola e uma área para adolescentes.

O acampamento é apoiado pela ADRA Grécia e a juventude trabalhou em estreita colaboração com o diretor da ADRA, Tihomir Lipohar, para tornar o período de férias um momento muito especial para os refugiados que se encontram abandonados na Grécia.

Eles começaram com as crianças, organizando playgrounds ao ar livre e oficinas criativas na escola. Através dessas oficinas, compartilhavam ideias sobre paciência, compartilhamento, respeito mútuo e como se comunicar.

“As crianças são vítimas dos horrores da guerra e, como refugiados, são deixadas sozinhas”, afirma Bobo S. Marčeta, diretor de jovens da União Adriática. “Enquanto estão na estrada, os pais estão focados na mera sobrevivência, e as crianças são privadas de oportunidades de simplesmente brincar e desenvolver habilidades sociais. Para algumas famílias, esse período pode durar até dois anos”.

Os jovens praticaram jogos de grupo e tênis de mesa com os adolescentes, e formaram um campo de futebol, incluindo novas traves de gol. Isso entusiasmou particularmente os meninos. Os jovens também proporcionaram uma pequena festa de Ano Novo para as crianças, incluindo lanches e música.

Mesmo na alegria de dar, os voluntários aprenderam lições de gratidão ao perceberem que as crianças lutavam para desfrutar os lanches e a companhia um do outro enquanto estavam agarrando os lanches com medo de perderem alguma coisa. Eles ainda têm uma longa jornada para reabilitação completa.

O tempo também foi gasto com os adultos cuja maior necessidade é melhorar suas habilidades linguísticas. Os jovens organizaram cursos separados de inglês e alemão para homens e mulheres. Os cursos também lhes deram um pequeno vislumbre da cultura ocidental.

O voluntariado também foi muito prático—oferecendo ajuda que se estenderia além da visita de 14 dias. Eles criaram um contêiner com máquinas de lavar e, através de intérpretes, mostraram como deveriam ser usadas. Como as famílias são grandes, isso lhes tornará a vida muito mais fácil. Os jovens também instalaram um aparelho de televisão na sala das mulheres e fizeram alguns reparos ao redor do acampamento.

À medida que os voluntários voltem para casa, as histórias dos refugiados permanecerão em suas mentes e corações. São relatos de famílias desarticuladas, parentes próximos falecidos, casas destruídas, lembranças profanadas e falta de esperança. Conquanto a equipe não conseguiu compensar as suas perdas, pelo trabalho de suas mãos, uma palavra amável e um sorriso, os voluntários ajudaram-nos a esquecer suas tristezas por um momento. Isso tudo permitiu que soubessem que existem jovens que se importam e são positivos. Para todos os jovens, foi um tempo muito bem gasto.

A União Adriática é composta por três países: Albânia, Croácia e Eslovênia. Muitos dos jovens nessa viagem são estudantes do reputado internato adventista em Maruševec, na Croácia.

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