Obrigado, Igreja Adventista por apropriadamente reconhecer os problemas de saúde mental

Além dos psicólogos clínicos, os assistentes sociais oferecem frequentemente cuidados de linha de frente

John Gavin

A Igreja Adventista do Sétimo Dia no ano passado demonstrou um marco importante com respeito à abordagem de uma organização religiosa à saúde mental--leva isso a sério.

A denominação promoveu uma conferência internacional sobre Saúde Emocional e Bem-estar que foi significativa por várias razões:

Reuniu vários departamentos da Igreja para juntos trabalharem num problema.

O evento foi um esforço conjunto da Universidade Loma Linda, Educação Adventista, Ministérios da Saúde, Ministérios da Mulher, Ministérios de Capelania, Ministérios da Família, e outros.

Por um longo tempo essas organizações têm lutado sozinhas com os desafios de ajudar as pessoas que sofrem de problemas de saúde mental. Unindo-se, o seu impacto é multiplicado.

A conferência também demonstrou que a Igreja Adventista está disposta a abordar questões reais relativas à saúde mental. Como o Dr. Carlos Fayard assinalou no seu Comentário da RAN (em 6 de julho de 2011) sobre a conferência do ano passado, há muitos dentro da Igreja que negam ou minimizam os problemas de saúde mental, ou que aplicam soluções simplistas, relegando-as a mera questão de espiritualidade.

Psiquiatras, psicólogos e médicos adventistas conhecem em primeira mão o pesadelo vivo que caracteriza a existência daqueles que experimentam ansiedade, depressão, desordem de estresse pós-traumático, dor, dependência e outros problemas. Eles são os únicos que trazem esperança e cura para aqueles que experimentam sofrimento emocional.

O que algumas pessoas podem não perceber é que muitos profissionais de linha de frente da área da saúde são assistentes sociais. Pioneiros adventistas na educação de serviço social, como a Dra. Edith Fraser--que se apresentou na conferência--levaram ao desenvolvimento programas acadêmicos em universidades adventistas nos EUA que têm produzido centenas de assistentes sociais adventistas. Por certo tempo a Associação de Assistentes Sociais Adventistas ostentava mais de 700 membros.

Muitos assistentes sociais servem como conselheiros profissionais nas linhas de frente e em números significativos. A Federação Internacional de Assistentes Sociais é uma associação de organizações nacionais em 90 países, representando mais de 745.000 assistentes sociais que atuam por todo o mundo.

Profissionais adventistas da área de saúde mental estão cientes das dimensões espirituais relacionadas. O estresse emocional pode impedir alguém de viver uma vida plena e vibrante em Cristo e estender a Sua graça para outros em serviço significativo.

O programa de aconselhamento então serve como um processo de mudança que começa com a rendição da vontade e envolve um processo consciente de compreensão de si mesmo e de mudança do comportamento de cada um. Essa rendição da vontade, ou "morte do ego", é semelhante ao conceito dos princípios bíblicos de morte, conversão e renascimento, sendo esta uma crença central para os adventistas.

Faço ecoar o apelo do Dr. Fayard para que se fortaleça o ministério da Igreja em todo o mundo para as pessoas com sofrimento emocional. Esse desafio deve ser ampliado.

Insto as igrejas adventistas locais a escolherem este ano para patrocinar grupos de apoio e de base comunitária em centros de aconselhamento aberto. Em 2012, cada igreja pode não só tomar medidas para se tornar um "refúgio de aceitação", mas também um centro de programas de saúde emocional e bem-estar.

--John Gavin dirige o Programa de Serviço Social na Universidade Adventista de Washington, e é secretário-tesoureiro da Associação Internacional de Assistentes Sociais Adventistas, e um membro sênior do Centro de Ministério Metropolitano.

arrow-bracket-rightComentárioscontact